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May diz que 'há risco de não haver Brexit' se Parlamento rejeitar seu acordo

14.jan.2018 - Primeira-ministra britânica Theresa May durante discurso em uma fábrica de louças em Stoke-on-Tent, na Inglaterra - BEN BIRCHALL/AFP
14.jan.2018 - Primeira-ministra britânica Theresa May durante discurso em uma fábrica de louças em Stoke-on-Tent, na Inglaterra Imagem: BEN BIRCHALL/AFP

14/01/2019 11h27

A primeira-ministra britânica, Theresa May, alertou nesta segunda-feira (14) que a separação do Reino Unido do restante da União Europeia pode sair dos trilhos, em um esforço de última hora para conquistar parlamentares favoráveis ao Brexit que tem repetidamente afirmado que votarão contra o acordo de separação.

O destino da saída do Reino Unido da UE, em 29 de março, está altamente incerto, uma vez que o Parlamento deverá rejeitar o acordo de May na noite de terça-feira, abrindo um leque de possibilidades que vai de uma separação desorganizada a uma reversão completa do Brexit.

Em meio à mais acentuada crise na política britânica em pelo menos meio século, May e líderes da UE trocaram cartas em que dão garantias sobre o acordo de saída, embora tenha havido poucos sinais de mudança de sentimento entre parlamentares opositores.

May usou um discurso em uma fábrica de louças em Stoke-on-Tent, cidade no centro da Inglaterra e favorável à saída, para dizer que parlamentares que estão bloqueando o Brexit como um todo agora são um desfecho muito mais provável do que o Reino Unido sair sem acordo.

"Há alguns em Westminster que querem atrasar ou até deter o Brexit e que usarão todo dispositivo disponível a eles para fazê-lo", disse May.

"Enquanto o não acordo continua sendo um risco sério, tendo observado os eventos em Westminster ao longo dos últimos sete dias, meu julgamento agora é que o desfecho mais provável será uma paralisação no Parlamento que coloca em risco não haver um Brexit".

No momento em que o maior bloco econômico do mundo tenta se preparar para um percurso inédito, a Espanha disse que a UE pode concordar em estender o prazo para o Brexit, mas não para além das eleições do Parlamento Europeu, previstas para maio.