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Leal a Trump, porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders deixa o cargo

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, beija Sarah Sanders após o anúncio de saída do cargo de porta-voz da Casa Branca - Kevin Lamarque/Reuters
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, beija Sarah Sanders após o anúncio de saída do cargo de porta-voz da Casa Branca Imagem: Kevin Lamarque/Reuters

Por Steve Holland e Roberta Rampton e Jeff Mason

Em Washington

14/06/2019 09h42

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, funcionária extremamente leal ao presidente Donald Trump e de espírito combativo ante a imprensa, deixará o posto no final do mês de olho em um possível futuro político em seu Estado natal do Arkansas, disse Trump ontem.

Sarah, que trabalhou com Trump desde os primeiros dias de sua campanha nada convencional ao governo e se tornou ela mesma uma figura pública de destaqye, é a mais recente de uma longa lista de assessores de alto escalão a partir.

Ela comparou os gracejos dos jornalistas que cobrem a Casa Branca muitas vezes ao comportamento de seus três filhos e apoiou em grande medida a rejeição de Trump à mídia noticiosa por vê-la como a "inimiga do povo".

No encerramento de seus comunicados diários à imprensa, a assessora de 36 anos muitas vezes ajudava os repórteres nos bastidores.

Ela qualificou o trabalho como "a honra de toda uma vida", mas disse estar ansiosa para passar o tempo com os filhos, que estão prestes a entrar em férias.

"Adorei cada minuto, até os minutos difíceis", disse Sarah, com voz trêmula de emoção, em um evento na Casa Branca ao ser chamada ao palco por Trump e ovacionada. "Tenho três filhos maravilhosos e passarei um pouco mais de tempo com eles".

"Ela é uma guerreira", disse Trump, que anunciou sua saída no Twitter pouco antes do evento. "Passamos por muita coisa juntos, e ela é durona, mas é boa".

O papel de Sarah evoluiu para o de uma assessora graduada e confidente do presidente, que participava com frequência de reuniões de alto escalão.

Ela disse aos repórteres que comunicou sua decisão a Trump na quinta-feira e que "ele não poderia ter sido mais simpático, mais solidário, mais compreensivo, mais encorajador do que foi".

Ela não fez nada para conter a especulação de que pode concorrer um dia a governadora do Arkansas, posição já ocupada por seu pai, Mike Huckabee, que postulou duas vezes a indicação presidencial republicana, inclusive em 2016, sem sucesso.

"Aprendi muito tempo atrás a nunca descartar nada. Mas realmente estou ansiosa para voltar para casa", disse ela aos repórteres.

Trump, que testemunhou uma reformulação quase completa de suas equipes de imprensa e comunicações, não escolheu um substituto de imediato. Especula-se que o vice-porta-voz, Hogan Gidley, é um possível sucessor.

(Reportagem adicional de Ginger Gibson)