Topo

Bolsonaro cogita indicar o filho Eduardo para embaixador nos EUA

19.mar.2019 - Eduardo participa do encontro entre seu pai, Jair Bolsonaro, e o presidente dos EUA, Donald Trump - Isac Nóbrega/PR
19.mar.2019 - Eduardo participa do encontro entre seu pai, Jair Bolsonaro, e o presidente dos EUA, Donald Trump Imagem: Isac Nóbrega/PR

11/07/2019 18h02Atualizada em 11/07/2019 20h25

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou hoje à tarde que está estudando a possibilidade de indicar um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

"Está no meu radar sim, existe essa possibilidade", declarou o presidente ao ser questionado durante entrevista a jornalistas. "Ele poderia ser a pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente em Washington."

Bolsonaro disse que caberia ao filho decidir se aceitaria renunciar ao cargo na Câmara para assumir a função nos Estados Unidos. Mas disse que, agora, só depende de Eduardo aceitar.

"Não quero decidir por ele o seu futuro, se a legislação disser que tem que renunciar ao mandato de deputado", declarou. "Depende só do Eduardo aceitar a indicação para a embaixada dos EUA."

Eduardo Bolsonaro é presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores) da Câmara e costuma viajar com o pai para missões fora do país. Ele chegou a participar do encontro entre Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e foi publicamente elogiado pelo mandatário norte-americano.

À Folha de S. Paulo, Eduardo Bolsonaro disse que aceitará qualquer missão que o pai lhe passar. "A missão que o presidente Bolsonaro der para mim certamente vou desempenhar da melhor maneira. Não tem nada formal, nada oficial. O presidente falou, está falado, mas não chegou nada oficial", disse ele, na Câmara.

O Brasil está sem embaixador nos Estados Unidos desde o dia 10 de abril, quando Sérgio Amaral foi removido do cargo. Ele ficou na embaixada por quase três anos, desde setembro de 2016.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.