Saída de Warren aumenta apoio a Biden, e não a Sanders, diz pesquisa Reuters/Ipsos nos EUA
A saída de Elizabeth Warren da corrida presidencial democrata nos Estados Unidos parece ter beneficiado mais o ex-vice-presidente Joe Biden do que o adversário Bernie Sanders, de acordo com uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada ontem.
A pesquisa realizada de sexta à segunda mostrou que 47% dos democratas e independentes registrados disseram que votariam em Biden se as disputas em seu estado fossem realizadas agora, um aumento de 7 pontos em comparação com uma pesquisa semelhante realizada pouco antes de Warren suspender sua campanha, na quinta-feira (5).
O apoio ao senador Sanders ficou em 30%, sem alteração em relação à pesquisa anterior.
Os resultados sugeriram que os apoiadores de Warren, em vez de se aproximarem de Sanders, que compartilha muitas das visões liberais da senadora, se alinharam com Biden, que mudou a dinâmica da corrida com uma vitória dominante nas primárias da Carolina do Sul, seguida por vitórias na maioria das disputas da Super Terça da semana passada.
Mais seis estados, incluindo Michigan e Washington, realizam disputas pela indicação democrata nesta terça-feira.
Warren, senadora por Massachusetts, não endossou nenhum dos candidatos. Ex-rivais mais moderados, como Pete Buttigieg, Amy Klobuchar, Michael Bloomberg e Kamala Harris, se uniram a Biden.
A pesquisa também apontou que cerca de seis em cada 10 apoiadores de Sanders disseram que votariam em Biden se ele acabasse ganhando a nomeação do partido para concorrer com o presidente Donald Trump, um republicano, nas eleições de 3 de novembro.
Três em cada 10 disseram que não votariam, votariam em um candidato de um terceiro partido ou ainda não sabiam em quem votar.
Um em cada 10 apoiadores de Sanders votaria em Trump se Biden fosse indicado. Esse número é semelhante à proporção de apoiadores de Sanders que os cientistas políticos acreditam ter votado em Trump em 2016, embora os acadêmicos discordem sobre o impacto que isso teve na vitória inesperada de Trump sobre a democrata Hillary Clinton.
A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada online, em inglês, nos Estados Unidos. O levantamento reuniu respostas de 1.114 adultos norte-americanos, incluindo 541 que se identificaram como democratas ou independentes registrados. A pesquisa tem um intervalo de credibilidade, uma medida de precisão, de 5 pontos percentuais.
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