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Witzel: Quem tem que se preocupar com risco de ir para cadeia é Bolsonaro

26.mai.2020 - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), fala à imprensa depois de operação da PF que o atingiu - Paulo Carneiro/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
26.mai.2020 - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), fala à imprensa depois de operação da PF que o atingiu Imagem: Paulo Carneiro/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

05/06/2020 19h18Atualizada em 05/06/2020 19h46

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), reagiu à insinuação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que poderia ser preso em breve, afirmando que quem tem que se preocupar com o risco de ir para a cadeia é o presidente.

Segundo Witzel, as investigações que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) contra Bolsonaro são extremamente graves. Ele lembrou que o presidente tem dado declarações e criado fatos que tornam a relação com o Supremo bem tensa.

"Essa prisão que o presidente deseja para mim não acontecerá. Ele precisa ficar mais preocupado com o que tem praticado, tensionando as instituições, sendo investigado por prevaricação, falsidade ideológica, fake news... Quem deve estar preocupado com uma prisão é ele", disse o governador do Rio de Janeiro em entrevista à rádio Gaúcha.

Nesta semana, em Brasília, Bolsonaro respondeu a um sargento reformado da Polícia Militar sobre o que pensa do governador fluminense: "Eu não vou conversar com o Witzel, até porque brevemente já sabem onde ele deve estar, né?".

Witzel foi alvo na semana passada, junto com a esposa Helena, de uma operação da PF que apura supostas irregularidades nas contratações emergenciais para pandemia de coronavírus no estado.

Na entrevista de hoje, o governador mostrou o caminho que acha que pode levar Bolsonaro à prisão.

"As investigações contra ele são muito graves e está sendo investigado no Supremo. Assim que o MP oferecer a denúncia, o Supremo aceitar e a Câmara suspendê-lo, eu vejo que nos termos do artigo 302 do Código Penal haveria sim, mais adiante, um decreto de prisão. Acho que ele tem que estar mais preocupado com isso", finalizou Witzel

Procurada pela Reuters, a assessoria de imprensa do Planalto não comentou de imediato.