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Biden abre 13 pontos de vantagem, e popularidade de Trump é a pior em 7 meses

O democrata Joe Biden, que disputará com Trump a presidência dos EUA em novembro, discursa por vídeo no funeral de George Floyd - Getty Image
O democrata Joe Biden, que disputará com Trump a presidência dos EUA em novembro, discursa por vídeo no funeral de George Floyd Imagem: Getty Image

Chris Kahn

Nova York

17/06/2020 10h51

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, conquistou uma vantagem de 13 pontos sobre o presidente, o republicano Donald Trump, a maior diferença vista neste ano entre os dois na corrida presidencial norte-americana, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos mais recente, agora que os norte-americanos estão ficando mais severos com Trump devido à pandemia do novo coronavírus e aos protestos contra a brutalidade policial.

Na enquete feita entre 10 e 16 de junho, 48% dos eleitores registrados disseram que votarão em Biden, o virtual indicado democrata, na eleição de 3 de novembro, e 35% disseram que apoiarão Trump.

A dianteira de Biden é a maior já registrada por uma pesquisa Reuters/Ipsos desde que os democratas iniciaram suas disputas estaduais neste ano para escolher o indicado do partido para enfrentar Trump. Uma sondagem semelhante feita pela rede CNN no início do mês mostrou Biden com uma vantagem de 14 pontos sobre Trump entre eleitores registrados. O voto não é obrigatório no país.

A pesquisa Reuters/Ipsos também mostrou que 57% dos adultos norte-americanos desaprovam o desempenho de Trump no cargo e que só 38% o aprovam, o que assinala a menor taxa de aprovação do presidente desde novembro, quando o Congresso tratava de um inquérito sobre o impeachment do republicano.

Em um sinal de alerta claro para Trump, sua própria base de apoio parece estar se erodindo. O endosso dos republicanos a Trump diminuiu 13 pontos entre março e junho.

A mudança de opinião ocorre no momento em que a nação é assolada pela pandemia de coronavírus, pelo colapso econômico resultante e pelo extravasamento da revolta e da frustração após os numerosos confrontos fatais entre policiais e afro-norte-americanos, incluindo a morte de George Floyd sob custódia da polícia de Mineápolis no mês passado.

Trump, que inicialmente minimizou a ameaça do coronavírus, entrou em atrito com governadores enquanto eles tentavam frear a disseminação do vírus e pressionou as autoridades locais para que permitissem que os negócios reabrissem, apesar dos alertas das autoridades de saúde sobre os risco crescentes de transmissão.

Mais de 116 mil pessoas morreram por causa do vírus e mais de 2,1 milhões foram infectadas nos EUA, de longe os piores números de todo o mundo. Alguns Estados que reabriram, como Flórida, Arizona e Texas, estão testemunhando um aumento de casos.

No quesito economia e empregos, Trump ainda se saiu melhor do que Biden. Quarenta e três por cento dos eleitores registrados disseram pensar que Trump conduziria a economia melhor do que Biden, e 38% que Biden faria melhor.

A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada online, em inglês, em todo os Estados Unidos. A pesquisa foi respondida por 4.426 norte-americanos adultos, incluindo 2.047 democratas e 1.593 republicanos. O levantamento tem intervalo de credibilidade, uma medida de precisão de mais ou menos 2 pontos percentuais.