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Aprovação de reação de Trump ao coronavírus atinge baixa recorde em meio a aumento de casos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala em comício de campanha em Tulsa, Oklahoma - Leah Millis/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala em comício de campanha em Tulsa, Oklahoma Imagem: Leah Millis/Reuters

De Chris Kahn

Em Nova York (Estados Unidos)

24/06/2020 09h25

A aprovação dos norte-americanos à maneira como o presidente Donald Trump está tratando da pandemia do novo coronavírus atingiu o menor nível já registrado, mostrou a pesquisa de opinião Reuters/Ipsos mais recente, enquanto os casos novos de covid-19 aumentaram e Trump foi amplamente criticado por insinuar que gostaria de diminuir os exames de detecção da doença.

A sondagem de 22 e 23 de junho também mostrou que a maioria dos norte-americanos quer que John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump, deponha ao Congresso sob juramento depois que ele acusou seu ex-chefe de má conduta em um livro, o que incluiu pedir ajuda do presidente chinês, Xi Jinping, para se reeleger.

Na pesquisa, 37% dos entrevistados aprovaram a maneira como Trump reagiu à pandemia, o menor índice já registrado desde que a Reuters/Ipsos começou a fazer a pergunta no início de março. O percentual dos que desaprovam é de 58%.

Faltando pouco mais de quatro meses para a eleição geral de 3 de novembro, Joe Biden, o virtual candidato presidencial democrata, tem uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre Trump entre eleitores registrados, de acordo com a sondagem mais recente —menos do que os 13 pontos de uma pesquisa semelhante da semana passada.

Trump demorou para reconhecer publicamente a gravidade do surto de coronavírus, que já matou mais de 120 mil norte-americanos, e pressiona Estados a reabrirem antes de especialistas dizerem que é seguro fazê-lo.

Em seu primeiro comício em meio à pandemia, realizado em Oklahoma no sábado, o presidente disse a milhares de apoiadores que fazer exames é uma "faca de dois gumes" e que pediu às autoridades de saúde que desacelerem os exames em reação à preocupação do público com o número crescente de casos.

Ontem, autoridades do governo disseram que Trump na verdade não lhes fez tal pedido.

Os casos aumentaram 25% nacionalmente, de acordo com a contagem de sete dias mais recente, cifra decorrente de aumentos em vários Estados, como Texas, Arizona e Flórida, que têm sido mais lenientes com o distanciamento social.

Trump vem perdendo apoio de maneira contínua em uma gama ampla de eleitores desde março. Os norte-americanos criticam cada vez mais sua reação à pandemia e a uma onda de protestos ocorrida após a morte de George Floyd, um homem negro, pela ação de um policial branco no dia 25 de maio na cidade de Mineápolis.

A pesquisa Reuters/Ipsos entrevistou 1.115 adultos, sendo 503 democratas e 408 republicanos, e tem intervalo de credibilidade, uma medida de precisão, de três pontos percentuais.