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Bolsonaro torce pela reeleição de Trump, mas diz que tentará aproximação se Biden ganhar

"Se eles não quiserem, paciência, né", afirmou o presidente da República - Adriano Machado
"Se eles não quiserem, paciência, né", afirmou o presidente da República Imagem: Adriano Machado

Maria Carolina Marcello

Da Reuters, em Brasília

16/07/2020 21h41

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que torce pela reeleição do presidente norte-americano, Donald Trump, mas afirmou que tentará aprofundar as relações entre os dois países mesmo se o democrata Joe Biden sair vencedor da disputa eleitoral.

Bolsonaro afirmou que o Brasil tem uma importância geopolítica "enorme" e que o mundo inteiro está de olho no país, e não apenas na região amazônica.

"A gente torce pelo Trump, tenho certeza que vamos potencializar, e muito, o nosso relacionamento. Agora, se der o outro lado, da minha parte eu vou procurar, obviamente, fazer algo semelhante. Se eles não quiserem, paciência, né. O Brasil vai ter que se virar por aqui", disse o presidente na tradicional live de quintas-feiras em uma rede social.

"Mas eu acho que nessa questão comercial, tem muita coisa Brasil-Estados Unidos, independente de qual partido, Republicano ou Democrata, esteja no poder", avaliou.

Bolsonaro repetiu torcer pelos republicanos, e disse contar com a liberdade de recorrer a Trump quando considera necessário.

"Espero que dê Trump. Mas se não der, a gente vai procurar aprofundar essa relação comercial nossa."

O presidente brasileiro comentou ainda sobre a situação da Argentina. Segundo ele, a população do país escolheu a "mudança", e insinuou que o lado vencedor, do presidente Alberto Fernández, representa a demagogia e a mentira.

"Na Argentina eu torci pelo Macri, olha como está a Argentina", afirmou.

"O pessoal queria mudança, mudou. Tudo pode mudar para melhor e para pior. Optaram pela demagogia, pela mentira de sempre, e temos um país irmão aí que está com problema", disse.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.