Kremlin diz que garrafa poderia ser prova em caso Navalny, mas foi removida da Rússia
O Kremlin afirmou hoje que uma garrafa de água encontrada no quarto de hotel do líder de oposição Alexei Navalny, que a Alemanha e outros governos ocidentais dizem ter sido envenenado com uma substância neurotóxica, poderia ter servido como prova no caso, mas foi retirada da Rússia por apoiadores de Navalny.
A equipe de Navalny afirmou ontem que a garrafa de água, retirada do quarto de hotel na cidade de Tomsk no mês passado, foi levada para a Alemanha, onde encontraram vestígios do agente Novichok.
Questionado sobre a descoberta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que especialistas russos não puderam examinar a garrafa e, por isso, Moscou não poderia comentar.
"Não podemos explicar isso porque, como você sabe, esta garrafa —se é que existia— foi levada para a Alemanha ou outro lugar. Então, algo que poderia ter se tornado evidência de um envenenamento, infelizmente foi retirado. Isso (levanta) uma pergunta adicional: por quê?", disse Peskov.
"Há muito absurdo nesta história para aceitar a palavra de alguém como um fato", acrescentou.
A Rússia informou que precisa ver mais evidências antes que uma investigação criminal formal seja aberta no caso Navalny e pediu à Alemanha que entregasse os dados médicos de Navalny para que pudessem ser revisados.
Os aliados de Navalny disseram que uma investigação adequada do caso mostrará que o Kremlin, o presidente Vladimir Putin e os serviços de segurança russos são responsáveis por envenenar o político.
O Kremlin considerou a acusação infundada, dizendo que não faria sentido envenenar Navalny e depois permitir que ele viajasse para tratamento médico em outro país onde o veneno seria detectado.
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