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Trump diz acreditar que eleições de 2020 vão acabar na Suprema Corte

Sem apresentar provas, o presidente dos EUA Donald Trump fala em possibilidade de fraude na eleição - JONATHAN ERNST
Sem apresentar provas, o presidente dos EUA Donald Trump fala em possibilidade de fraude na eleição Imagem: JONATHAN ERNST

23/09/2020 20h06

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que acha que as eleições presidenciais de 2020 irão terminar na Suprema Corte norte-americana, acrescentando que por isso seria importante que houvesse nove ministros no tribunal.

Trump, que falou em um evento na Casa Branca, disse que o senador republicano Lindsey Graham que presidente o Comitê Judiciário do Senado, sequer precisaria realizar uma audiência para o nomeado à Suprema Corte e que o processo correria rapidamente.

"Eu acredito que isso vá acabar na Suprema Corte, e eu acredito que é muito importante termos nove juízes", disse Trump ao ser perguntado se um quadro completo de ministros era necessário para lidar com quaisquer disputas nas eleições marcadas para o dia 3 de novembro entre ele e o democrata Joe Biden.

Trump projetou suas dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral, dizendo sem apresentar evidências, que o uso da votação por correspondência durante a pandemia do coronavírus levaria a fraudes.

"Esse golpe que os democratas estão tentando fazer, é um golpe, um golpe que irá para a Suprema Corte dos Estados Unidos, e eu acredito que uma situação em que os votos estejam empatados em 4 x 4 não é uma boa situação", disse.

Apenas uma eleição presidencial norte-americana, a disputa entre o republicano George W. Bush e o democrata Al Gore, em 2000, teve seu resultado determinado pela Suprema Corte.

Trump age com rapidez para indicar um sucessor para a juíza liberal Ruth Bader Ginsburg, que morreu na última sexta-feira, e seus colegas republicanos no Senado dizem que poderiam promover uma votação antes das eleições. Isso selaria uma maioria conservadora de 6 a 3 no tribunal mais poderoso do país.

(Reportagem de Jeff Mason e Eric Beech)