Topo

Esse conteúdo é antigo

EUA vão investigar extremismo no Departamento de Segurança Interna

Uma fina camada de neve e gelo cobre o gramado em frente à Casa Branca em Washington, nos EUA - Jonathan Ernst/Reuters
Uma fina camada de neve e gelo cobre o gramado em frente à Casa Branca em Washington, nos EUA Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

Ted Hesson e Mark Hosenball

26/04/2021 19h59

WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês) vai investigar a ameaça potencial de extremismo violento doméstico dentro de sua própria estrutura, anunciou o órgão nesta segunda-feira.

O secretário titular da pasta, Alejandro Mayorkas, não disse o que levou à revisão interna no DHS, mas se referiu ao ataque do dia 6 de janeiro ao Capitólio norte-americano por apoiadores do então presidente Donald Trump. Segundo Mayorkas, o episódio ressalta a ameaça provocada pelos extremistas baseados nos Estados Unidos.

Um grupo de autoridades sênior do DHS "irá começar imediatamente uma revisão abrangente sobre como melhor prevenir, detectar, e responder a ameaças relacionadas ao extremismo doméstico violento dentro do DHS", afirmou o departamento em nota.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu verbas para investigar qualquer tipo de denúncia sobre crenças supremacistas brancas em agências de imigração dentro do DHS em sua primeira proposta de orçamento, que foi revelada neste mês.

As Forças Armadas dos EUA também enfrentam preocupações relacionadas ao nacionalismo branco e outros tipos de extremismo em suas fileiras após a descoberta de que membros da ativa e da reserva dos serviços militares participaram do ataque ao Capitólio.

Mayorkas disse em nota na segunda-feira que o extremismo doméstico violento "representa a mais letal e persistente ameaça relacionada ao terrorismo no nosso país hoje", acrescentando que "atos de ódio e extremismo violento não serão tolerados" dentro do DHS.

O extremismo doméstico é um grande foco das investigações sobre o ataque ao Capitólio, e membros de grupos de extrema-direita, como os "Proud Boys" e os "Oath Keepers", estão entre os que agora enfrentam acusações federais por conta das ligações com a violência.