Líderes de protestos na Colômbia anunciam suspensão de manifestações
BOGOTÁ (Reuters) - Os líderes das manifestações colombianas disseram nesta terça-feira que suas organizações vão suspender os atos que causaram agitações políticas e econômicas durante as últimas seis semanas, mas alertaram que a luta por soluções para uma gama de demandas sociais e econômicas continuará.
Os protestos começaram no final de abril, provocados pela oposição a uma reforma fiscal já retirada, e depois se expandiram para incluir demandas por oportunidades para os mais jovens e pelo fim da violência policial.
"Nós decidimos pausar temporariamente as mobilizações recorrentes que temos feito sempre às quartas-feiras", disse o presidente sindical Francisco Maltes, que falou em nome do comitê nacional de greve, uma coalizão composta por sindicatos, organizações estudantis e outros.
"Isso não significa que os protestos irão acabar na Colômbia, os protestos na Colômbia vão continuar, pois os motivos por trás deles ainda estão aqui", acrescentou Maltes.
Os sindicatos e associações empresariais irão se reunir para elaborar projetos para compartilhar com o Congresso na retomada dos trabalhos legislativos no dia 20 de julho, afirmou Maltes.
"Esperamos que o Congresso, e os parlamentares, não falhem com os colombianos, como o presidente Iván Duque fez", disse Maltes.
O governo informou em nota que está comprometido com as negociações, reiterando que os bloqueios de estradas pelo país não constituem protestos pacíficos.
Embora a maioria das manifestações seja pacífica, algumas se tornaram violentas. A procuradoria do país confirmou 24 mortes ligadas aos protestos, e verifica outras 11. Grupos de direitos humanos dizem que as forças de segurança assassinaram dezenas de manifestantes.
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