Em meio à crise, Rússia pede que Otan descarte filiação futura da Ucrânia
A Rússia exigiu hoje que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) rescinda um compromisso de 2008 com a Ucrânia e a Geórgia para filiá-las no futuro.
O país eurasiático também disse que a aliança deveria prometer não posicionar armas em países que fazem fronteira com o território russo.
As exigências foram explicitadas pelo Ministério das Relações Exteriores russo em seu comunicado mais extenso até hoje a respeito das garantias de segurança que o presidente Vladimir Putin diz querer obter dos Estados Unidos e aliados.
Elas incluem propostas para se estabelecer um diálogo de defesa frequente e evitar acidentes em potencial entre aviões militares e navios de guerra, e poderiam formar a base de um debate com os EUA na esteira de uma videoconferência de duas horas entre Putin e o presidente norte-americano, Joe Biden.
Mas a exigência de um poder de veto russo efetivo à filiação da Ucrânia à Otan, o ponto de atrito mais volátil das relações entre a Rússia e o Ocidente, é algo que EUA e a Ucrânia já descartaram categoricamente.
A chancelaria disse que a Otan está a caminho de acolher a Ucrânia, o que levaria à instalação de sistemas de mísseis ali que visariam a Rússia.
"Tal comportamento irresponsável cria ameaças inaceitáveis para nossa segurança e provoca riscos militares sérios para todas as partes envolvidas, ao ponto de um conflito de larga escala na Europa", disse o ministério russo.
A Ucrânia acusa a Rússia de reunir dezenas de milhares de soldados na fronteira como preparativo para uma possível ofensiva militar de larga escala.
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