Países buscam encurtar quarentena em meio à disseminação da ômicron pelo mundo
ROMA/WASHINGTON (Reuters) - As infecções globais por covid-19 atingiram um recorde nos últimos sete dias, mostraram dados da Reuters nesta quarta-feira, no momento em que a variante ômicron se mostra fora de controle, forçando alguns governos a repensar regras de quarentena e de testagem.
Quase 900.000 casos foram detectados em média a cada dia em todo o mundo entre 22 e 28 de dezembro, com vários países registrando novas máximas nas últimas 24 horas, incluindo Estados Unidos, Austrália, muitos na Europa e Bolívia.
Embora estudos tenham sugerido que a ômicron menos letal do que algumas variantes anteriores, o grande número de pessoas com teste positivo significa que os hospitais em alguns países podem ficar sobrecarregados em breve, enquanto empresas podem ter dificuldade para seguir em atividade por causa da quarentena dos trabalhadores.
Com medo do impacto econômico de manter tantas pessoas em casa, alguns governos estão tentando reduzir o período de isolamento em caso de teste positivo para covid ou contato com alguém positivado.
A Espanha informou nesta quarta-feira que está reduzindo o período de quarentena de 10 para 7 dias das pessoas com teste positivo para Covid-19, enquanto a Itália disse que planeja flexibilizar as regras de isolamento para aqueles que tiveram contato próximo com portadores do vírus.
No início desta semana, autoridades de saúde dos EUA divulgaram uma nova orientação reduzindo o período de isolamento para pessoas com infecção confirmada de 10 para 5 dias, contanto que sejam assintomáticas.
"Delta e ômicron agora são ameaças gêmeas, aumentando os casos a números recordes e levando a picos de hospitalização e mortes", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva.
"Estou muito preocupado que a ômicron, sendo altamente transmissível e se espalhando ao mesmo tempo que a Delta, esteja levando a um tsunami de casos."
O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, afirmou a parlamentares que a França está registrando um aumento "vertiginoso" de casos, com 208.000 no espaço de 24 horas - um recorde nacional e europeu.
O governo dos EUA espera que um contrato de 500 milhões de testes de antígeno prometidos pelo presidente norte-americano, Joe Biden, para ajudar a lidar com o aumento de casos seja concluído na próxima semana e que as entregas para os fabricantes comecem em janeiro, disse o coordenador de resposta da Covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients.
Reino Unido, Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Chipre e Malta registraram números recordes de novos casos na terça-feira, enquanto a média de sete dias de novos casos diários nos Estados Unidos atingiu o recorde de 258.312, de acordo com uma contagem da Reuters na quarta-feira. A máxima anterior era de 250.141, de janeiro passado.
Centenas de voos foram cancelados nos Estados Unidos todos os dias desde o Natal devido a testes positivos de funcionários de companhia aérea. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) disse que estava monitorando 86 navios de cruzeiro que relataram casos de Covid-19.
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