Topo

Esse conteúdo é antigo

OMS fecha 2021 sem atingir meta de 40% da população mundial vacinada contra a covid

Os problemas de abastecimento têm sido uma das principais causas deste fracasso, segundo o diretor-geral da OMS - iStock
Os problemas de abastecimento têm sido uma das principais causas deste fracasso, segundo o diretor-geral da OMS Imagem: iStock

29/12/2021 18h36

Genebra, 29 dez (EFE).- A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar 40% da população de todos os países do mundo contra a covid-19 até o final de 2021 não será alcançada, pois 92 nações não alcançarão esse índice, lamentou nesta quarta-feira o diretor-geral da entidade.

"Era uma meta plausível, e não ter atingido isso não é apenas uma vergonha moral, mas custou muitas vidas e deu ao vírus a oportunidade de se espalhar e sofrer mutação", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Embora a taxa média global de vacinação seja próxima a 60%, a situação varia entre cerca de 80% nos países ocidentais e menos de 8% nas economias de baixa renda, principalmente no continente africano.

Os problemas de abastecimento têm sido uma das principais causas deste fracasso, disse Tedros, embora também ele tenha informado que em muitos casos as vacinas chegaram aos países em desenvolvimento perto da data de validade, ou não vinham acompanhadas de componentes essenciais para sua administração, como seringas.

Diante da meta não cumprida, Tedros solicitou à comunidade internacional que continuasse trabalhando para que o segundo objetivo traçado, que era atingir 70% da população vacinada contra a covid-19 em todos os países até meados de 2022, seja alcançado.

"Para o próximo ano peço aos líderes mundiais e à indústria farmacêutica que deem o exemplo no que diz respeito à igualdade de vacinas", frisou.

"É hora de passar por cima dos nacionalismos de curto prazo e proteger as populações e vacinas contra futuras variantes do coronavírus", acrescentou Tedros Adhanom, destacando que "acabar com a desigualdade na distribuição de vacinas é a chave para acabar com a pandemia". EFE