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Ômicron é "claramente mais leve" e novas medidas não são necessárias, diz primeiro-ministro britânico

Boris Johnson: "a combinação de coisas que estamos fazendo no momento, eu acredito que seja a correta" - Jeremy Selwyn/Pool/AFP
Boris Johnson: "a combinação de coisas que estamos fazendo no momento, eu acredito que seja a correta" Imagem: Jeremy Selwyn/Pool/AFP

Paul Sandle

Em Londres (Inglaterra)

03/01/2022 11h54

Novas medidas não são necessárias agora no Reino Unido para combater a variante Ômicron, que é "claramente mais leve" do que as formas anteriores do coronavírus, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, nesta segunda-feira.

"A estrada adiante para o país como um todo é continuar no caminho em que já estamos", disse Johnson. "É claro que vamos manter algumas medidas sob revisão, mas a combinação de coisas que estamos fazendo no momento, eu acredito que seja a correta".

Apesar de um aumento expressivo no número de infecções, Johnson tem resistido até agora à imposição de novas restrições na Inglaterra, que representa mais de 80% da população do Reino Unido. Escócia, Gales e Irlanda do Norte, que controlam suas próprias regras, já impuseram algumas novas medidas.

Johnson afirmou que a pressão sobre hospitais será "considerável" nas próximas semanas, mas que a Ômicron é "claramente mais leve" que as variantes anteriores, e acrescentou que o país está em uma posição mais forte do que já esteve no início da pandemia.

O Reino Unido tem um "nível muito, muito alto" de vacinação, disse o primeiro-ministro, e o país continua aumentando suas defesas com o programa de doses de reforço.

"A maioria das pessoas que estão em unidades de tratamento intensivo não foi vacinada e a vasta maioria —cerca de 90%— não recebeu dose de reforço", afirmou Johnson durante uma visita ao centro de vacinação em Buckinghamshire, no sudeste da Inglaterra.

Johnson impôs medidas limitadas na Inglaterra, conhecidas como "Plano B", no mês passado, incluindo a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais no transporte público e em lojas, mas não chegou a decretar restrições a reuniões ou o fechamento de estabelecimentos.

O governo anunciou no domingo que crianças mais velhas em idade escolar na Inglaterra vão precisar usar máscaras de proteção quando voltarem às aulas após o recesso de Natal.