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Kremlin ainda vê espaço para diálogo após EUA negar exigências 'inaceitáveis'

Tanque russo durante exercício militar na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia - Sergey Pivovarov/Reuters
Tanque russo durante exercício militar na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia Imagem: Sergey Pivovarov/Reuters

Dmitry Antonov e Maxim Rodionov

27/01/2022 07h49Atualizada em 27/01/2022 08h36

O Kremlin disse nesta quinta-feira que havia espaço para continuar o diálogo com os Estados Unidos, mas que parecia claro que as principais exigências de segurança da Rússia não haviam sido levadas em conta por Washington.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou não se apressaria em tirar conclusões depois que os Estados Unidos responderam formalmente na quarta-feira às suas propostas para um redesenho dos arranjos de segurança ba Europa após a Guerra Fria.

Descrevendo as tensões no continente como reminiscências da Guerra Fria, Peskov disse que Moscou levaria tempo para analisar a resposta dos EUA.

Ele disse que era do interesse tanto de Moscou quanto de Washington continuar o diálogo, embora tenha dito que as observações dos Estados Unidos e da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre as principais exigências da Rússia serem inaceitáveis não deixavam muito espaço para o otimismo.

"Com base no que nossos colegas disseram ontem, é absolutamente claro que, nas principais categorias delineadas nesses projetos de documentos..., não podemos dizer que nossas reflexões foram levadas em conta ou que foi demonstrada a vontade de levar nossas preocupações em conta", disse Peskov

"Mas não nos apressaremos com nossas avaliações", disse ele

Em comentários separados, o principal diplomata russo disse que havia esperança de iniciar um diálogo sério, mas apenas sobre questões secundárias e não sobre as fundamentais, relataram as agências de notícias russas.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidirá sobre os próximos passos do país com relação às respostas escritas dos EUA e da Otan que foram entregues na quarta-feira, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, de acordo com a as agências.