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UE diz à Ucrânia que ainda não é o momento de impor sanções contra a Rússia

Josep Borrell destacou necessidade de diálogo entre as partes envolvidas na crise na Ucrânia - Kenzo Tribouillard/AFP
Josep Borrell destacou necessidade de diálogo entre as partes envolvidas na crise na Ucrânia Imagem: Kenzo Tribouillard/AFP

Sabine Siebold e Ingrid Melander

Em Bruxelas (Bélgica)

21/02/2022 10h39Atualizada em 21/02/2022 10h50

A UE (União Europeia) não vai impor sanções à Rússia ainda, disse o chefe de política externa do bloco hoje, rejeitando um pedido da Ucrânia para tomar tais medidas agora para evitar uma guerra, em vez de esperar até uma possível invasão.

Os países ocidentais temem que o acúmulo de soldados russos perto da Ucrânia nas últimas semanas seja um prelúdio para uma invasão, o que Moscou nega.

Os Estados Unidos e aliados europeus têm dito que qualquer ataque desencadearia sanções "maciças" contra Moscou, mas Kiev quer sanções agora.

"Esperamos decisões", disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em Bruxelas, antes de discursar em uma reunião agendada regularmente de ministros das Relações Exteriores da UE.

"Acreditamos que existem razões boas e legítimas para impor pelo menos algumas das sanções agora, para demonstrar que a União Europeia não está apenas falando sobre sanções, mas também agindo", afirmou.

Os ministros da UE apoiaram os planos anunciados no mês passado para um pacote de empréstimo de ajuda financeira de 1,2 bilhão de euros para a Ucrânia e também concordaram em princípio com um pedido ucraniano de longa data de uma missão em pequena escala de instrutores militares para ajudar a treinar oficiais.

Mas o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, assim como alguns dos ministros das Relações Exteriores reunidos, deixaram claro que o bloco ainda não planeja impor sanções à Rússia.

Borrell disse a repórteres que convocaria uma reunião extraordinária da UE para aprovar sanções apenas "quando chegar o momento".

Por enquanto, a UE apoia as últimas tentativas de organizar novas negociações, segundo Borrell, depois que a França disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em princípio com uma cúpula sobre a Ucrânia.

"Reuniões de cúpula, em nível de líderes, em nível de ministros, seja qual for o formato, seja qual for a maneira de falar e sentar à mesa e tentar evitar uma guerra, são extremamente necessárias", disse Borrell.