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Mourão diz que Brasil já se colocou contra invasão da Ucrânia e defende uso da força para conter Rússia

Vice-presidente fez um paralelo entre presidente russo, Vladimir Putin, e o ditador da Alemanha nazista Adolf Hitler - WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vice-presidente fez um paralelo entre presidente russo, Vladimir Putin, e o ditador da Alemanha nazista Adolf Hitler Imagem: WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Lisandra Paraguassu

Brasília

24/02/2022 11h15

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta quinta-feira o uso da força para conter a invasão russa da Ucrânia e afirmou que o Brasil já se colocou contra o ataque ao defender, na Organização das Nações Unidas, os princípios de não intervenção e soberania das nações.

"Brasil não está neutro. O Brasil deixou claro que respeita a soberania da Ucrânia, então Brasil não concorda com uma invasão", disse Mourão.

O vice-presidente fez um paralelo entre presidente russo, Vladimir Putin, e o ditador da Alemanha nazista Adolf Hitler e afirmou que a comunidade internacional age como em 1938, com tentativas de apaziguamento.

"Putin não respeita apaziguamento", disse.

Segundo Mourão, sem uma resposta significativa da comunidade internacional, com o uso da força, o presidente russo não irá parar na Ucrânia e irá voltar os olhos para os demais países que fizeram parte da União Soviética.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

"Se não houver uma ação significativa o sistema internacional pode ser rachado e vamos voltar para o tempo das cavernas, onde cada um faz o que quer e não há respeito entre os povos", afirmou.

"O conceito de cidadania se dissolve a partir do momento em que um Estado mais forte julga que pode meter a mão em um Estado mais fraco e continuar tudo como antes."

O vice-presidente disse que, em sua visão, as sanções econômicas pura e simples não funcionam, e citou casos do Iraque e do Irã que vivem há anos sob sanções.

Mourão afirmou ainda que o governo brasileiro precisa esperar o que deverá sair das reuniões do Conselho de Segurança da ONU e, por enquanto, não pode fazer nada a mais além de se manifestar contrário à invasão.