Biden chama Putin de "criminoso de guerra"; Kremlin diz que fala é "inaceitável"
Por Jeff Mason e Nandita Bose
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, é "um criminoso de guerra" pela invasão de seu país à Ucrânia, e anunciou mais 800 milhões de dólares em assistência à segurança ucraniana, incluindo armas para abater aviões e tanques russos.
Em conversa com um repórter na Casa Branca, Biden disse: "Ah, eu acho que ele é um criminoso de guerra", depois de responder inicialmente com um "não" a uma pergunta sobre se ele estava pronto para chamar Putin assim.
Essa é a primeira vez que Biden classifica publicamente Putin com essa frase. Na semana passada, durante uma viagem à Polônia, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou que a Rússia deveria ser investigada por possíveis crimes de guerra.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse mais tarde que Biden estava falando do seu coração, observando que há um processo legal separado para determinar se Putin violou a lei internacional e cometeu crimes de guerra, e que esse processo está em andamento no Departamento de Estado.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a fala de Biden é uma "retórica inaceitável e imperdoável", de acordo com a agência de notícias Tass.
Mais cedo, Biden disse que os Estados Unidos ofereceram à Ucrânia um total de 1 bilhão de dólares em ajuda de segurança, atendendo ao apelo urgente do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, ao Congresso dos EUA por ajuda militar para combater a invasão russa. Os EUA continuarão a fornecer armas à Ucrânia para lutar e se defender, ajuda humanitária e apoio à economia da Ucrânia com assistência financeira adicional, acrescentou.
"Este novo pacote fornecerá assistência sem precedentes à Ucrânia e inclui 800 sistemas antiaéreos", disse Biden, para interromper os ataques aos ucranianos por aviões e helicópteros russos.
A pedido de Zelenskiy, Washington ajudará a Ucrânia a adquirir sistemas antiaéreos de mísseis de longo alcance adicionais, disse Biden. Também fornecerá 9.000 sistemas antiblindagem, drones e 7.000 armas menores, como metralhadoras e lançadores de granadas, que ajudarão os civis que lutam para defender seu país.