Putin acusa Ocidente de "terror" e pede que promotores sejam duros
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje o Ocidente de tentar destruir a Rússia e exigiu que promotores adotem uma linha dura com o que ele classificou como tramas arquitetadas por espiões estrangeiros para dividir o país e desacreditar suas Forças Armadas.
Falando a importantes promotores da Rússia e observado por seu ministro da Defesa, Putin acusou o Ocidente de incitar ataques a jornalistas russos.
Ele disse que o FSB (Serviço Federal de Segurança), o principal sucessor da KGB da era soviética, impediu hoje uma tentativa de assassinato por um "grupo terrorista" contra um famoso jornalista de TV russo nomeado pela mídia estatal como Vladimir Solovyev.
"Eles passaram para o terror — para preparar o assassinato de nossos jornalistas", afirmou Putin sobre o Ocidente.
Solovyev é um dos jornalistas de rádio e TV mais influentes da Rússia e o apresentador de talk shows cujos convidados muitas vezes depreciam a Ucrânia e justificam as ações de Moscou no país vizinho.
Putin, um ex-espião da KGB que governa a Rússia como líder supremo desde o último dia de 1999, não forneceu provas de imediato para sustentar suas declarações, e a Reuters não conseguiu verificar imediatamente as acusações.
Solovyev não pôde ser imediatamente contatado para comentar.
Putin disse que o Ocidente percebeu que a Ucrânia não poderia vencer a Rússia na guerra, então mudou para um plano diferente — a destruição da própria Rússia.
"Outra tarefa veio à tona: dividir a sociedade russa e destruir a Rússia por dentro", afirmou Putin. "Não está funcionando."
Putin disse que organizações de mídia estrangeira e mídias sociais foram usadas por espiões do Ocidente para fazer provocações contra as Forças Armadas da Rússia.
Os promotores devem reagir rapidamente a notícias e relatos falsos que minam a ordem, afirmou Putin, sem dar exemplos específicos.
"Eles geralmente são organizados principalmente no exterior, organizados de maneiras diferentes — ou a informação vem de lá ou o dinheiro", disse Putin. Os promotores devem combater o extremismo "mais ativamente", acrescentou.
Poucos dias depois de ordenar a invasão da Ucrânia, Putin assinou uma lei que impõe pena de prisão de até 15 anos por espalhar intencionalmente notícias "falsas" sobre os militares.
A Rússia diz que a mídia ocidental tem feito uma narrativa excessivamente parcial da guerra na Ucrânia que ignora amplamente as preocupações de Moscou sobre a ampliação da Otan e o que diz ser a perseguição de pessoas que falam russo na Ucrânia.
A Ucrânia, que nega discriminação contra falantes de russo, não respondeu imediatamente à declaração de Putin.
A invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro matou milhares de pessoas, deslocou outros milhões e aumentou o medo de um confronto mais amplo entre a Rússia e os Estados Unidos — as duas maiores potências nucleares do mundo.
Putin diz que a "operação militar especial" na Ucrânia é necessária porque os EUA estavam usando a Ucrânia para ameaçar a Rússia e que a Ucrânia é culpada do genocídio de pessoas que falam a língua russa.
A Ucrânia afirma que está lutando contra uma apropriação de terras pela Rússia e que as alegações de genocídio de Putin são absurdas.
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