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Guerra da Rússia-Ucrânia

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No Dia da Independência, Zelensky diz que guerra só acaba com reconquista da Crimeia

Presidente Volodymyr Zelensky diz que a Ucrânia vai retomar a Crimeia por qualquer meio que julgar certo - VIACHESLAV RATYNSKYI/REUTERS
Presidente Volodymyr Zelensky diz que a Ucrânia vai retomar a Crimeia por qualquer meio que julgar certo Imagem: VIACHESLAV RATYNSKYI/REUTERS

Tom Balmforth e Andrea Shalal

24/08/2022 07h54Atualizada em 24/08/2022 08h28

O presidente Volodymyr Zelensky disse aos ucranianos em um discurso emocionado em comemoração aos 31 anos de independência, nesta quarta-feira, que seu país "renasceu" quando a Rússia invadiu e que nunca desistirá da luta pela liberdade da dominação de Moscou.

Em um discurso gravado divulgado no aniversário de seis meses da invasão da Rússia em 24 de fevereiro, Zelensky disse que a Ucrânia não via mais o fim da guerra quando os combates pararem, mas quando Kiev finalmente sair vitoriosa.

"Uma nova nação apareceu no mundo em 24 de fevereiro às 4 horas da manhã. Não nasceu, mas renasceu. Uma nação que não chorou, gritou ou se assustou. Que não fugiu. Não desistiu. E não esqueceu", disse ele.

O líder de 44 anos fez o discurso em uniforme de combate em frente ao imponente monumento à independência da União Soviética, dominada pela Rússia, da qual se separou em 1991.

Zelenskiy destacou a postura de guerra da Ucrânia, que se opõe a qualquer tipo de compromisso que permita a Moscou obter ganhos territoriais, incluindo faixas do sul e leste da Ucrânia capturadas nos últimos seis meses.

"Não vamos sentar à mesa de negociações por medo, com uma arma apontada para nossas cabeças. Para nós, o ferro mais terrível não são mísseis, aviões e tanques, mas algemas", disse.

Ele prometeu que a Ucrânia recuperará o território perdido na região industrial de Donbas, no leste, bem como a península da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.

"O que para nós é o fim da guerra? Costumávamos dizer: paz. Agora dizemos: vitória", afirmou.

Os ucranianos estão se preparando para uma guerra prolongada - e um inverno brutal de escassez de energia - depois de repelir as forças russas no início do que Moscou descreve como uma "operação militar especial".

*Reportagem de Pavel Polityuk, Natalia Zinets e Andrea Shalal