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Empresário russo Yevgeny Prigozhin admite interferência nas eleições dos EUA

Nesta foto de arquivo tirada em 20 de setembro de 2010, o empresário Yevgeny Prigozhin mostra a Vladimir Putin sua fábrica de merenda escolar nos arredores de São Petersburgo - ALEXEY DRUZHININ/AFP
Nesta foto de arquivo tirada em 20 de setembro de 2010, o empresário Yevgeny Prigozhin mostra a Vladimir Putin sua fábrica de merenda escolar nos arredores de São Petersburgo Imagem: ALEXEY DRUZHININ/AFP

Reuters

07/11/2022 10h43

O empresário russo Yevgeny Prigozhin disse nesta segunda-feira que interferiu nas eleições norte-americanas e continuará fazendo isso no futuro, a primeira admissão desse tipo de uma figura que foi formalmente implicada por Washington nos esforços para influenciar a política dos Estados Unidos.

Em comentários postados pelo serviço de imprensa de sua empresa de catering Concord na rede social russa VKontakte, similar ao Facebook, Prigozhin disse: "Interferimos (nas eleições dos EUA), estamos interferindo e continuaremos interferindo. Com cuidado, precisão, cirurgicamente e à nossa maneira, como sabemos fazer."

A observação foi publicada na véspera das eleições de meio de mandato dos EUA em resposta a um pedido de comentário de um site de notícias russo.

"Durante nossas operações pontuais, removeremos os rins e o fígado de uma só vez", disse Prigozhin. Ele não deu mais detalhes sobre o comentário enigmático.

Prigozhin, que muitas vezes é chamado de "chef de Putin" porque sua empresa de refeição opera contratos com o Kremlin, foi formalmente acusado de patrocinar "fazendas de trolls" com sede na Rússia que buscam influenciar a política dos EUA.

Em julho, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de até 10 milhões de dólares por informações sobre Prigozhin em conexão com "engajamento na interferência eleitoral dos EUA". Ele foi atingido por sanções dos EUA, do Reino Unido e da União Europeia.