Conselho da ONU pede fim da violência em Mianmar em primeira resolução em décadas
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou sua primeira resolução sobre Mianmar em 74 anos na quarta-feira para exigir o fim da violência e instar a junta militar a libertar todos os presos políticos, incluindo a líder destituída Aung San Suu Kyi.
Mianmar está em crise desde que o Exército assumiu o poder do governo eleito de Suu Kyi em 1º de fevereiro de 2021, detendo ela e outras autoridades e respondendo a protestos pró-democracia e dissidência com força letal.
"Hoje enviamos uma mensagem firme aos militares de que eles não devem ter dúvidas —esperamos que esta resolução seja implementada na íntegra", disse a embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, após votação da resolução elaborada pelos britânicos.
"Também enviamos uma mensagem clara ao povo de Mianmar de que buscamos progresso em linha com seus direitos, desejos e interesses", afirmou Woodward ao conselho de 15 membros.
Há muito tempo existe uma divisão sobre como lidar com a crise de Mianmar, com a China e a Rússia argumentando contra uma ação forte. Ambas se abstiveram na votação de quarta-feira, junto com a Índia. Os 12 membros restantes votaram a favor.
"A China ainda tem preocupações", disse o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, ao conselho após a votação. "Não há solução rápida para a questão... Se ela pode ou não ser resolvida adequadamente no final, depende fundamentalmente, e apenas, do próprio Mianmar."
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, afirmou que Moscou não vê a situação em Mianmar como uma ameaça à paz e segurança internacional e, portanto, acredita que não deve ser tratada pelo Conselho de Segurança da ONU.
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