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Jihadistas sequestram 50 mulheres em Burkina Faso, diz governo

Mulher empurra carregamento de água em Ouagadougou, capital de Burkina Faso - ZOHRA BENSEMRA/REUTERS
Mulher empurra carregamento de água em Ouagadougou, capital de Burkina Faso Imagem: ZOHRA BENSEMRA/REUTERS

Thiam Ndiaga

16/01/2023 11h52Atualizada em 16/01/2023 13h00

Militantes islâmicos sequestraram cerca de 50 mulheres na província de Soum, no norte de Burkina Faso, um foco de atividade jihadista, em 12 e 13 de janeiro, informou o governo nesta segunda-feira.

O sequestro em massa é o primeiro na insurgência que se espalhou para Burkina Faso a partir do vizinho Mali em 2015, apesar dos custosos esforços militares internacionais para contê-la.

Embora ocidentais e locais sejam ocasionalmente capturados, mulheres nunca tinham sido sequestradas em tal número.

Sequestros em massa têm sido realizados na Nigéria pela insurgência do Boko Haram.

Homens armados detiveram as mulheres quando elas colhiam frutas silvestres nos arredores da aldeia de Liki, a cerca de 15 km da cidade de Aribinda, e depois em outro local do mesmo distrito.

"As buscas começaram com o objetivo de encontrar todas essas vítimas inocentes sãs e salvas", disse o governo em um comunicado.

Burkina Faso é um dos vários países da África Ocidental que lutam contra uma insurgência violenta com ligações com a Al Qaeda e o Estado Islâmico que tomou grandes extensões de território na última década.

Milhares de pessoas foram mortas e mais de 2,7 milhões deslocadas em todo o Sahel, onde a insegurança afetou a agricultura e contribuiu para o aumento dos níveis de fome, segundo a Organização das Nações Unidas.

Parentes disseram à Reuters que as mulheres desaparecidas começaram a vasculhar a mata ao redor em busca de comida porque não havia mais o suficiente para alimentar suas famílias na aldeia. Elas estavam procurando frutas, folhas e sementes que são moídas em pó para as crianças.