Topo

Esse conteúdo é antigo

Torre de igreja ressurge após reservatório secar na Espanha

15.mar.2023 - Torre de igreja ressurge após reservatório secar na Espanha - 15.mar.2023 - Nacho Doce/Reuters
15.mar.2023 - Torre de igreja ressurge após reservatório secar na Espanha Imagem: 15.mar.2023 - Nacho Doce/Reuters

Em Madri e Barcelona (Espanha)

17/03/2023 15h57Atualizada em 17/03/2023 16h16

A Espanha enfrenta uma seca de longa duração após 36 meses de chuvas abaixo da média, com algumas regiões tão secas que as autoridades pediram à população para reduzir o uso de água, enquanto os meteorologistas alertam para o pior.

Alguns reservatórios da Catalunha, que circunda Barcelona, estão tão baixos que antigas construções como pontes e um campanário de igreja ressurgiram, pessoas empinam pipas no leito de lagos e aplicativos de navegação mostram alguém no meio da água quando está em terra firme.

O clima estará mais seco e quente do que o normal nesta primavera (no Hemisfério Norte) ao longo da costa nordeste do Mediterrâneo, que inclui a Catalunha. O clima seco aumentará o risco de incêndios florestais, mesmo que traga chuvas médias em todo o país, disse a agência meteorológica da Espanha, Aemet.

"Esta é uma área que poderíamos descrever como terra de ninguém porque não está sendo afetada pelas tempestades vindas do Atlântico e do Mediterrâneo", disse o porta-voz da Aemet, Ruben del Campo, à Reuters, referindo-se ao nordeste da Espanha.

Ele apontou as mudanças climáticas como um dos principais fatores.

"As ondas de calor nesta área geográfica do planeta são mais frequentes, estão aumentando com mais frequência do que em outras regiões", disse ele.

A seca na Espanha, medida em 12 meses, não é pior do que em 2017, 2012 e 2005. Mas o nível médio de água nos reservatórios da Catalunha é de apenas 27%, ligeiramente acima do nível em partes da região sul da Andaluzia.

Após 25 meses sem chuva significativa, a Catalunha pediu no início deste mês que a maioria de seus sete milhões de habitantes reduzisse o uso de água em 8% em casa, 15% na indústria e 40% na agricultura.