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Amorim se reúne com Putin e diz que portas à paz não estão "totalmente fechadas", diz TV

Celso Amorim disse ter se encontrado com Putin para discutir a relação Brasil-Rússia - FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Celso Amorim disse ter se encontrado com Putin para discutir a relação Brasil-Rússia Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Flávia Marreiro

03/04/2023 18h52Atualizada em 03/04/2023 18h52

O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou na semana passada, em encontro no qual discutiram a relação bilateral de Brasil e Rússia e possíveis negociações para encerrar a guerra da Ucrânia, contou ele à CNN Brasil.

"Dizer que as portas estão abertas (para uma negociação de paz) seria exagero, mas dizer que elas estão totalmente fechadas também não é verdade", afirmou Amorim à CNN Brasil, primeira a reportar a viagem do ex-chanceler à Rússia, que não foi divulgada previamente.

Procurados, nem o Planalto, nem o Itamaraty comentaram imediatamente.

Amorim tem sido um dos porta-vozes da proposta de Lula para a criação um grupo de países que se aliem num esforço de negociação para encerrar o conflito em território europeu. Na visão do governo brasileiro, além do Brasil, o grupo poderia incluir China e Turquia, por exemplo.

Além da visita de Amorim a Moscou, o Brasil deve receber em 17 de abril a visita do chanceler russo, Sergei Lavrov, confirmou à Reuters uma fonte diplomática.

O assessor especial do Planalto disse à Reuters, em entrevista recente, que a ideia é levar o tema das negociações de paz com a Ucrânia para discutir com o presidente Xi Jinping durante a vista de Estado do mandatário brasileiro à China.

A viagem a Pequim, prevista para o fim de março, foi reagendada para semana que vem após cancelamento de Lula, então acometido por uma pneumonia.

Na volta da Rússia, Amorim passou pela França de Emmanuel Macron, disse à Reuters a fonte diplomática e uma outra autoridade do governo, que não ofereceram maiores detalhes sobre a agenda do ex-chanceler em Paris. Macron foi um dos líderes europeus a ouvir a proposta de Lula para a Ucrânia.