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Zelensky: 'Espero que Putin passe o resto da vida em um porão sem banheiro'

Presidente ucraniano deu declaração após visitar cidade onde quase toda a população ficou trancada em um porão de escola durante a ocupação russa - Reprodução
Presidente ucraniano deu declaração após visitar cidade onde quase toda a população ficou trancada em um porão de escola durante a ocupação russa Imagem: Reprodução

03/04/2023 11h36

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse nesta segunda-feira (3) que espera que Vladimir Putin passe o resto de sua vida em um "porão escuro sem banheiros", depois de visitar uma cidade ucraniana onde quase toda a população ficou trancada em um porão de escola durante a ocupação russa.

Onze pessoas morreram no porão de uma escola de menos de 200 m2, no qual pelo menos 367 dos 400 habitantes de Yagidne, no norte da Ucrânia, ficaram presos por 27 dias em março de 2022, segundo Zelensky.

"Todas essas pessoas viviam na escuridão total, esperando o retorno dos ucranianos. Eles escreveram (nas paredes) os nomes dos que morreram e as datas, para não esquecer", disse o presidente ucraniano em uma cerimônia em sua homenagem, junto com o vice-chanceler alemão, Robert Habeck.

"As crianças escreveram a letra do hino ucraniano", acrescentou.

"Depois de ver tudo isso, espero que o presidente russo passe o resto de sua vida em um porão com um balde, em vez de banheiros", afirmou Zelensky.

Um dos sobreviventes garantiu que algumas pessoas morreram por falta de oxigênio.

"No começo estava frio, mas depois tinha cada vez mais gente e não tinha oxigênio suficiente" no porão, disse Valeriy Polgui, de 38 anos, à AFP.

"As pessoas mais velhas perderam a consciência por falta de oxigênio, enlouqueciam e depois morriam", lembrou.

Depois de fracassar em sua tentativa de conquistar Kiev, o Exército russo se retirou do norte da Ucrânia no final de março de 2022, um mês após o início da invasão.

Nas cidades e povoados ocupados pelas forças russas, multiplicaram-se as acusações, muitas documentadas, de execuções sumárias, tortura, estupro e roubo. O Kremlin sempre negou.