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Lula é 'persona non grata' até ele se retratar por fala sobre Holocausto, diz Israel

O ministro das Relações Exteriores de Israel disse nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é bem-vindo em Israel até que retire seus comentários comparando a guerra contra os militantes do Hamas em Gaza ao genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

"Não vamos esquecer nem perdoar. Trata-se de um grave ataque antissemita. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse", disse o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, ao embaixador do Brasil, de acordo com uma declaração do gabinete de Katz.

Israel acusou Lula de banalizar o Holocausto e de ofender o povo judeu, e Katz convocou o embaixador brasileiro ao memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, para uma reprimenda nesta segunda-feira por causa dos comentários de Lula.

A guerra em Gaza começou quando o grupo militante palestino Hamas enviou combatentes para Israel em 7 de outubro do ano passado, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e fazendo 253 pessoas reféns, de acordo com dados israelenses.

Desde então, a ofensiva israelense por terra e ar devastou a maior parte de Gaza, matou mais de 29 mil pessoas, também a maioria civis, segundo autoridades palestinas, e forçou a maioria dos 2 milhões de habitantes do enclave a deixar suas casas.

(Reportagem de Ari Rabinovitch e Maayan Lubell))

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