Conteúdo publicado há 8 meses

EUA esperam não ser arrastados para guerra, mas preveem ataque do Irã contra Israel

Por Steve Holland e Kanishka Singh

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos esperam um ataque do Irã contra Israel, mas um ataque que não seja grande o suficiente para levar os EUA à guerra, disse uma autoridade norte-americana na noite desta quinta-feira.

A Casa Branca disse mais cedo que o governo norte-americano não queria que o conflito se espalhasse no Oriente Médio e que os EUA haviam dito ao Irã que não estavam envolvidos em um ataque aéreo contra um importante comandante militar iraniano em Damasco.

A Casa Branca acrescentou que advertiu o Irã para que não usasse esse ataque como pretexto para aumentar ainda mais a escalada na região.

Aviões de guerra supostamente israelenses bombardearam a embaixada do Irã em Damasco em um ataque pelo qual o Irã prometeu vingança e no qual um general iraniano de alto escalão e seis outros oficiais militares iranianos foram mortos, aumentando a tensão em uma região já tensa pela guerra de Gaza.

Fontes iranianas disseram à Reuters que Teerã sinalizou a Washington que responderá ao ataque de Israel à sua embaixada na Síria de forma a evitar uma escalada maior e que não agirá precipitadamente, já que Teerã pressiona por demandas que incluem um cessar-fogo em Gaza.

Os Estados Unidos estão em alerta máximo sobre possíveis ataques retaliatórios do Irã e os diplomatas dos EUA têm trabalhado para diminuir as tensões.

O grupo islâmico palestino Hamas atacou Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses. Desde então, o ataque militar de Israel a Gaza, governada pelo Hamas, matou mais de 33.000 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde local, deslocou quase toda a população de 2,3 milhões de habitantes de Gaza, causou uma crise humanitária e levou a alegações de genocídio que Israel nega.

Grupos apoiados pelo Irã declararam apoio aos palestinos, realizando ataques a partir do Líbano, Iêmen e Iraque. O governo iraniano tem evitado o confronto direto com Israel ou com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que declara apoio a seus aliados.

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