Coreia do Sul considera enviar equipe à Ucrânia para monitorar tropas norte-coreanas

Por Hyunsu Yim e Jack Kim

SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul está considerando enviar uma equipe de monitores militares à Ucrânia para observar e analisar a esperada mobilização de tropas norte-coreanas pela Rússia para as linhas de frente do conflito no país, disse uma autoridade presidencial nesta quarta-feira.

Pelo menos 11.000 soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia e mais de 3.000 deles foram deslocados para perto das linhas de frente, declarou a fonte a repórteres sob condição de anonimato.

Pyongyang aprenderia lições valiosas com suas tropas envolvidas em combate e testemunhando a guerra moderna ao ajudar a Rússia, o que constituiria uma ameaça militar direta à Coreia do Sul, disse a autoridade, acrescentando:

"Portanto, cabe a nós analisar e monitorar as atividades das tropas norte-coreanas contra nosso aliado, a Ucrânia".

Os aliados da Ucrânia condenaram amplamente a mobilização.

O principal assessor de segurança do presidente russo Vladimir Putin, Sergei Shoigu, visitou a Coreia do Norte na semana passada e a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, está visitando Moscou nesta semana para discutir como responder às críticas, disse a autoridade sul-coreana.

Na terça-feira, Washington disse que alguns soldados norte-coreanos estavam na região de Kursk, uma área de fronteira russa onde as forças ucranianas realizaram uma grande incursão em agosto e detêm centenas de quilômetros quadrados de território.

A Rússia está pressionando as forças ucranianas ao longo da linha de frente de 1.000 km dentro da Ucrânia, depois de não conseguir derrubar o governo com sua invasão total em 2022. O total de baixas militares é estimado em centenas de milhares.

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O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse que o ritmo do envio de tropas norte-coreanas para a Rússia foi mais rápido do que o esperado, criando uma situação perigosa, informou seu gabinete, transmitindo comentários durante um telefonema com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

As autoridades sul-coreanas também expressaram preocupação com o que a Rússia pode estar fornecendo a Pyongyang em troca.

Putin não negou o envolvimento das tropas norte-coreanas na guerra, mas disse que cabe à Rússia estabelecer como implementa um tratado de parceria que ele e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, assinaram em junho.

A Coreia do Norte não reconheceu o destacamento, mas afirmou que, se essa ação de que a "mídia mundial" estava falando fosse verdadeira, ela seria feita em conformidade com a lei internacional.

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