Lula não tem pressa para escolher dois novos ministros para o STJ
Passadas as eleições municipais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem como prioridade avaliar o cenário político. Segundo interlocutores, ele não estaria com pressa para nomear logo os dois novos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A ideia de Lula seria avaliar com calma as opções. Há duas semanas, o STJ encaminhou para o Palácio do Planalto duas listas tríplices com concorrentes às vagas. Uma das cadeiras será preenchida por um integrantes da Justiça Federal e a outra, por membro do Ministério Público.
Antes de avaliar as vagas do STJ, Lula deve escolher um integrante para o TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, com sede no Rio de Janeiro. Tem sido apontada como preferida a desembargadora Cláudia Franco, militante de direitos sociais, femininos e de moradia.
Lula também deve nomear novos desembargadores para o TRF-3, em São Paulo. Serão promovidos magistrados pelos critérios de antiguidade e merecimento, o que obriga o presidente a escolher os nomes enviados pelo próprio tribunal.
Em seguida, o presidente deve ser dedicar à escolha para o STJ. Entre os integrantes do Ministério Público, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos tem ganhado força. Ele se notabilizou por conduzir inicialmente das investigações da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 e tem o apoio de alas do PT.
Maria Marluce, de Alagoas, tem crescido politicamente na disputa. Ela tem o apoio do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do prefeito reeleito de Maceió, João Henrique Caldas - que, por sua vez, é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Sammy Barbosa, do Acre, também integra a lista. Especialista em direito ambiental, o procurador é o preferido dos ministros do STJ - em especial, do corregedor do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Mauro Campbell.
Na lista da Justiça Federal, o desembargador do TRF-1 Carlos Brandão é visto como favorito na disputa. Ele tem o apoio do ministro Kassio Nunes Marques, do STF, e de setores progressistas do PT. Em compensação, os ministros Gilmar Mendes e Flavio Dino, também do Supremo, fazem oposição à candidatura.
As outras integrantes da lista são das desembargadoras Marisa Santos, do TRF-3, a preferida do presidente do STJ, ministro Herman Benjamin; e Daniele Maranhão, do TRF-1, que tem o apoio de Gilmar Mendes.
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