Tratamento de câncer do rei Charles está progredindo bem e continuará no próximo ano

Por Michael Holden e Catarina Demony

LONDRES (Reuters) - O tratamento de câncer do rei Charles está progredindo bem e continuará no próximo ano, disse uma fonte do Palácio de Buckingham, enquanto a realeza britânica se prepara para sua reunião anual de Natal após um ano "brutal" para a família.

Em fevereiro, o palácio revelou que Charles, de 76 anos, que se tornou rei em 2022, havia sido diagnosticado com uma forma não especificada de câncer detectada em exames após um procedimento corretivo para aumento da próstata.

Embora ele tenha conseguido retornar às funções públicas dois meses depois, o número de compromissos foi limitado por recomendação médica.

"Seu tratamento tem seguido uma direção positiva e, como uma condição controlada, o ciclo de tratamento continuará no próximo ano", afirmou a fonte do palácio na sexta-feira.

A fonte do palácio disse que não houve mudança na saúde de Charles e que a notícia de que seu tratamento continuará em 2025 não representa nenhuma atualização significativa.

Mas sua agenda movimentada antes do Natal, que termina na sexta-feira com uma visita ao distrito de Walthamstow, no nordeste de Londres, que organizou um grande contraprotesto em agosto em resposta a tumultos em todo o país, foi uma indicação de sua determinação em permanecer ocupado.

Em outubro, Charles e a esposa Camilla fizeram uma breve escala na Índia, onde se hospedaram em um centro de saúde holístico após sua primeira grande viagem desde que foi diagnosticado com câncer para Austrália e Samoa.

De modo geral, o último ano foi difícil para a realeza.

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A revelação, em março, de que a nora do rei, Kate, esposa do herdeiro príncipe William, estava fazendo quimioterapia preventiva contra o câncer foi outro choque.

Embora o tratamento já tenha terminado, o retorno aos compromissos oficiais foi limitado e ela disse que seu caminho para a recuperação total seria longo. William afirmou que foram os 12 meses mais difíceis de sua vida e "brutais" para a família.

Mas não foram apenas os problemas de saúde que colocaram a realeza no centro das atenções. O irmão mais novo do rei, príncipe Andrew, envolveu-se em outro escândalo este mês, depois que um de seus sócios mais próximos foi banido do Reino Unido por suspeitas do governo de que ele era um agente chinês.

As finanças da realeza também foram analisadas pela mídia, enquanto Charles foi hostilizado por uma senadora indígena no Parlamento da Austrália durante sua turnê no país, um reflexo das questões sobre o passado colonial do Reino Unido.

Já o filho mais novo do rei, príncipe Harry, continua afastado da família e é provável que mais segredos da realeza sejam revelados quando ele prestar depoimento durante dias no banco das testemunhas em seu processo contra o grupo de jornais britânicos de Rupert Murdoch.

Tanto Harry quanto Andrew estarão ausentes quando a realeza se reunir para seu tradicional encontro festivo na casa do rei em Sandringham, no leste da Inglaterra.

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