Israel concorda com negociações sobre fronteira com Líbano e liberta 5 libaneses

CAIRO (Reuters) - Israel disse na terça-feira que concordou em manter conversações para demarcar sua fronteira com o Líbano, acrescentando que libertaria cinco libaneses detidos pelas Forças Armadas israelenses no que chamou de "gesto para o presidente libanês".

Uma declaração do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que Israel havia concordado com o Líbano, os Estados Unidos e a França em estabelecer grupos de trabalho para discutir a linha de demarcação entre os dois países.

A mídia libanesa, incluindo a agência de notícias estatal NNA, informou que os reféns libaneses libertados haviam chegado a um hospital em Tiro, no sul do Líbano.

Em uma declaração no X no mesmo dia, a enviada especial presidencial adjunta dos EUA, Morgan Ortagus, disse: "Hoje, os Estados Unidos anunciaram que estão reunindo Líbano e Israel para conversações com o objetivo de resolver diplomaticamente várias questões pendentes entre os dois países".

Ela acrescentou que todos os envolvidos continuam comprometidos com a manutenção do cessar-fogo.

Embora Israel tenha se retirado em grande parte do sul do Líbano sob um acordo de cessar-fogo acertado em novembro, suas tropas continuam a manter cinco posições no topo de colinas na área.

O acordo de cessar-fogo encerrou mais de um ano de conflito entre as Forças Armadas de Israel e o grupo armado libanês Hezbollah, que estava ocorrendo paralelamente à guerra de Gaza.

Os combates atingiram o auge em uma grande campanha aérea e terrestre israelense que desalojou mais de um milhão de pessoas no Líbano e deixou o Hezbollah, apoiado pelo Irã, muito enfraquecido, com a maioria de seu comando militar morto em ataques israelenses.

(Reportagem de Menna Alaa El-Din e Jaidaa Taha, no Cairo; Emily Rose, em Jerusalém)

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