Presidente argentino compara ditadura militar ao Holocausto em encontro com Netanyahu
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, comparou o Holocausto à ditadura militar argentina em encontro hoje com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém
"Estamos na cidade sagrada de Jerusalém para lembrar os 75 anos do fim do Holocausto, que foi uma tragédia para a humanidade. Na Argentina, também tivemos nossa própria tragédia, uma ditadura na qual 30 mil pessoas desapareceram da face da terra, com torturas, assassinatos, perseguição e exílio", disse Fernández, que participou do 5° Fórum Mundial do Holocausto, que reuniu líderes e delegações de 49 países, nos dias 22 e 23, para lembrar os 75 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau.
O presidente argentino revelou que, quando a vítima das torturas era judia, os carrascos eram "particularmente violentos". E contou que conheceu uma sobrevivente do Holocausto que se refugiou na Argentina e que teve uma filha desaparecida durante a ditadura: "Essa sobrevivente é o resumo da tragédia da humanidade. Seu avô morreu em um campo de concentração e sua filha desapareceu na Argentina. A tudo isso dizemos 'nunca mais'".
"Amamos os judeus argentinos"
Fernández também se comprometeu a revelar os responsáveis pelo atentado terrorista de 1994 conta a Associação Mutual Israelita da Argentina (AMIA), em Buenos Aires, que matou 85 pessoas: "Amamos os judeus argentinos pelo que são: argentinos. Por isso, o nosso compromisso de saber a verdade sobre o que aconteceu na Amia é absoluto. Esse foi sempre o nosso compromisso e continuará a ser", afirmou o presidente.
A vice-presidente de Fernández, a ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, é suspeita de ter tentado acobertar o envolvimento do Irã no atentado em troca de favores de Teerã.
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