Diagnóstico positivo de covid atrapalha campanha de Trump a um mês das eleições nos EUA
O presidente americano Donald Trump anunciou hoje que foi diagnosticado positivo para o coronavírus. Sua esposa, Melania, também está contaminada.
Trump divulgou a notícia no Twitter, dizendo que ele e sua mulher iriam iniciar a quarentena e tratar a doença. "Vamos sair dessa juntos!", declarou o presidente americano. A primeira-dama também publicou uma mensagem na rede social dizendo que ambos estavam bem.
"Adiei todos os meus futuros compromissos", declarou. O presidente americano já havia decidido se isolar depois de descobrir que sua conselheira, Hope Hicks, estava com a doença.
Hicks viaja com frequência ao lado do presidente americano a bordo do avião presidencial Air Force One. Ela o acompanhou até Ohio na terça-feira para o debate presidencial, no Estado de Minnesota, e para participar de um evento de campanha. Aos 74 anos, o presidente republicano está no grupo de risco: além da idade, ele está acima do peso, mesmo se seu estado geral de saúde é considerado bom.
O isolamento de Trump acontece em um momento desfavorável, há pouco mais de um mês das eleições presidenciais. Ele deveria viajar para a Flórida hoje, um estado crucial para a contagem de votos no pleito. A viagem foi, naturalmente, cancelada.
Trump, que no início minimizou a epidemia que já deixou mais de 200 mil mortos nos Estados Unidos, frequentemente aparece sem máscara nos eventos públicos.
O presidente americano está em desvantagem nas pesquisas em relação ao seu concorrente, ex-vice-presidente democrata Joe Biden, esperado para um comício no Michigan nesta sexta-feira, que também é considerado um reduto eleitoral importante.
"Covid-19 é uma batalha de todos nós", diz presidente do Conselho Europeu
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse esperar que Trump "se recupere logo." Segundo ele, a covid-19 "é uma batalha de todos nós e de todos os dias. Não importa o lugar onde moramos", escreveu no Twitter.
Trump engrossa a lista de dirigentes internacionais a contrair o coronavírus. No final de março, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi diagnosticado positivo e hospitalizado dez dias depois no hospital St. Thomas, em Londres, antes de ser transferido para a unidade de terapia intensiva e correr risco de vida. Já o presidente Jair Bolsonaro, que também foi contaminado, comparou o vírus a uma "gripezinha."
Mercado financeiro reage a anúncio
O anúncio do teste positivo de Donald Trump gerou preocupação no mercado financeiro. As bolsas valores europeias abriram em baixa e os índices americanos recuaram.
Em Tóquio, o Nikkei fechou com um recuo de 0,67%. Trump já estava atrasado em relação a Biden, e com essa situação, os mercados apostam numa provável vitória de Biden.
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