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Ordem de Biden sobre origem da pandemia reforça versão de fuga do vírus de laboratório chinês, diz imprensa

Ordem de Biden sobre origem da pandemia reforça versão de fuga do vírus de laboratório chinês, diz imprensa - Reprodução
Ordem de Biden sobre origem da pandemia reforça versão de fuga do vírus de laboratório chinês, diz imprensa Imagem: Reprodução

27/05/2021 09h44

Os jornais franceses desta quinta-feira (27) destacam a ordem do presidente norte-americano, Joe Biden, aos serviços de informações para redobrar esforços a fim de descobrir a origem do vírus Sars-CoV-2 em 90 dias.

"Durante muito tempo rejeitada e considerada como uma tese conspiratória, a suspeita de um acidente em um laboratório chinês que teria dado início à pandemia ressurgiu nas últimas semanas", explica o jornal Le Parisien.

Libération retoma um artigo de domingo do Wall Street Journal, que afirma que três pesquisadores do instituto de virologia de Wuhan, cidade onde começou a pandemia, foram internados em novembro de 2019 com "sintomas evocadores da Covid-19 ou de uma doença comum sazonal". As informações são de uma nota dos serviços secretos americanos. Nem todos os especialistas estão de acordo sobre a credibilidade da informação, mas o dado aumenta a tensão sobre o laboratório chinês.

No entanto, não há provas da contaminação do homem através de um animal, apesar de testes realizados em mais de 80 mil amostras, explica o virologista francês Etienne Decroly no jornal online Mediapart.

Le Monde lembra as palavras de Biden: "Os Estados Unidos vão continuar a trabalhar com seus parceiros no mundo todo para pressionar a China, a fim de que ela participe de uma investigação internacional completa, transparente e fundada sobre provas".

O jornal relata ainda que "algumas horas antes da divulgação do comunicado de Biden, Pequim acusou Washington de espalhar teorias 'conspiratórias' sobre a origem da pandemia". Do outro lado, a China continua irredutível e não aceita a teoria de que o vírus pudesse ter escapado de um de seus laboratórios, principalmente o de Wuhan, como já acusava a administração Trump.

Libération lembra uma reportagem de Le Monde, que teria tido acesso a um "recibo" mencionando o "financiamento de 250 mil yuans (equivalente a 25 mil euros) em 2018" para estudos de dois novos coronavírus do tipo Sars em "ratos transgênicos exprimindo o receptor ACE2 humano" no laboratório de Wuhan.

Um acidente de laboratório ou origem animal? Daqui a três meses, os espiões americanos poderão trazer mais informações. Desde o final de 2019, quando os primeiros casos do vírus foram identificados em Wuhan, a Covid-19 se espalhou pelo planeta e já matou quase 3,5 milhões de pessoas.