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Nova Zelândia volta para o lockdown após 6 meses sem nenhum caso de Covid-19

Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em coletiva sobre a pandemia de coronavírus no ano passado - Hagen Hopkins/Getty Images
Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em coletiva sobre a pandemia de coronavírus no ano passado Imagem: Hagen Hopkins/Getty Images

17/08/2021 13h54

Depois da Austrália, é a vez de outro país da Oceania ter de recorrer a um novo lockdown para tentar barrar a propagação da variante Delta. A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, decretou hoje um confinamento de três dias em todo o país, após o registro de um caso local de contaminação, algo que não ocorria há seis meses.

Segundo Ardern, a Nova Zelândia não deve se arriscar diante da variante Delta do coronavírus, muito mais contagiosa, "o que muda tudo". Para ela, é preciso considerar que a linhagem está oficialmente presente no arquipélago. "Observamos o que pode acontecer em outros lugares caso não consigamos controlar a situação. Só temos uma oportunidade", declarou.

A medida foi anunciada depois que um homem de 58 anos testou positivo ao vírus em Auckland, sem ter viajado ao exterior ou ter tido contato com alguém que tenha estado fora do país recentemente. O lockdown tem início na noite desta terça-feira e deve durar três dias. No entanto, em Auckland e na região vizinha de Coromandel, no norte, a população deverá se confinar durante uma semana.

A chefe de governo evocou as dificuldades encontradas pela Austrália desde meados de junho na luta contra a Covid-19, devido à variante Delta, para justificar sua decisão "rápida e brutal". "É preciso ser prudente e começar por medidas fortes e depois as flexibilizar do que começar lentamente e continuar nesta fase [de lockdown] durante muito, muito mais tempo", explicou.

Exemplo de gestão contra a Covid-19

Desde o início da pandemia de Covid-19, o governo da Nova Zelândia é elogiado por sua gestão eficaz da crise sanitária. Até o momento, a doença provocou 26 mortos no arquipélago que conta com cinco milhões de habitantes.

O país não decretava um lockdown nacional há mais de um ano e a vida retomou o ritmo quase normal. No entanto, a campanha de vacinação avança lentamente: apenas 20% da população está totalmente imunizada até o momento.

(Com informações da AFP)