Variante ômicron desafia estratégia de 'zero covid-19' da China
A variante ômicron do coronavírus, mais contagiosa, avança no mundo e não poupa a China, onde quase todos os dias são anunciados novos fechamentos em alguma metrópole do país, na tentativa de controlar a epidemia. A nova onda de contaminações desafia a estratégia chinesa de "zero Covid", aplicada até o momento: assim que poucos casos são confirmados, o lockdow é aplicado local e temporariamente.
A última cidade a fechar suas ligações com as localidades vizinhas é Zhuhai, no sul, na fronteira com Macau. As autoridades anunciaram, na sexta-feira à noite (14), que detectaram uma pessoa com sintomas leves de covid-19, e outras seis assintomáticas, durante uma triagem em massa na população. A medida foi adotada depois do surgimento de um caso de coronavírus em um município vizinho.
Milhões de moradores de várias cidades foram confinados em suas casas, vários voos domésticos foram cancelados e algumas fábricas fecharam. O governo de Zhuhai pediu aos seus 2,4 milhões de habitantes que não deixem a cidade, "a menos que seja necessário". Aqueles que precisarem se deslocar, deverão apresentar um teste negativo para covid-19 feito nas últimas 24 horas.
Na manhã deste sábado (15), Shangai confirmou que cinco casos registrados na quinta-feira (13) também correspondem à variante. Imediatamente, a vida dos habitantes se tornou mais difícil: bairros estão confinados, as escolas fecharam e o acesso a certas cidades, como Pequim, ficou quase impossível.
Xi'an, Tianjin, Anyang, Dalian, Hangzhu, Canton: a lista de lugares atingidos se prolonga, mas o governo permanece rígido na sua decisão de testar a população em massa e confinar milhares ou milhões de pessoas, até a ameaça se dissipar.
Ampla vacinação, mas pouco eficiente contra a ômicron
Com a ômicron, a estratégia é posta à prova. Cerca de 86% da população chinesa está vacinada contra a Covid-19, mas as vacinas utilizadas no país têm eficácia limitada contra a variante. Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, as autoridades mantêm o plano: abandonar o lockdown a essa altura significaria inundar os hospitais com infectados pelo coronavirus.
A explosão do número de infecções e a tensão hospitalar nos países do Ocidente são dados como exemplo para justificar a medida - e exaltar o sucesso da gestão da pandemia pelo Partido Comunista. Pequim alega que, até hoje, menos de 5 mil pessoas morreram da Covid-19 no país, mas os dados não podem ser confirmados. Oficialmente, nas últimas 24 horas, foram detectados 104 novos casos locais de contágio na China.
(Com AFP)
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