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Rússia perde um milhão de habitantes em 2021; maior causa foi a covid-19

Em 2020, o número de russos que morreram foi de 688.700 - REUTERS/Amanda Perobelli
Em 2020, o número de russos que morreram foi de 688.700 Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli

RFI*

29/01/2022 06h09

A população russa registrou um recuo de mais de um milhão de habitantes em 2021, um recorde desde a queda da União Soviética, particularmente impactada pela pandemia de covid-19, informou ontem a agência oficial de estatísticas Rosstat.

No ano passado, o país perdeu 1,04 milhão de habitantes, frente a 688.700 em 2020, principalmente devido a um aumento da mortalidade de 15,1%, enquanto a natalidade não teve um recuo importante, informou a Rosstat.

O principal causador desta mortalidade foi a Covid-19, que entre 2020 e 2021 esteve relacionada com a morte de 660.000 pessoas.

Os dados da Rosstat costumam ser muito superiores aos do governo, cujo balanço é de 329.443 mortos pelo coronavírus.

A Rússia enfrentou a pandemia com uma campanha de vacinação lenta, quase nenhuma medida de confinamento e ignorando as medidas sanitárias recomendadas, como o uso de máscaras em transportes públicos.

Crise demográfica

As cifras divulgadas nesta sexta-feira mostram a dificuldade do presidente Vladimir Putin em reverter uma crise demográfica na qual a Rússia está mergulhada há três décadas.

A geração que enfrentou a crise econômica, social e moral que se seguiu à queda da União Soviética há 30 anos é a que está atualmente em idade reprodutiva, mas não parece motivada ter filhos.

A taxa de fertilidade na Rússia é atualmente de 1,5 filho por mulher, muito abaixo do 2,1 necessário para garantir a renovação demográfica.

Segundo a Rosstat, em 1º de janeiro de 2022, a população da Rússia era de 145,47 milhões de habitantes.

*Com informações da AFP