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Dinamarqueses vão às urnas em eleições parlamentares para escolher novo primeiro-ministro

Local de votação em Odense, na Dinamarca - 1º.nov.2022 - Tim Kildeborg Jensen / Ritzau Scanpix / AFP
Local de votação em Odense, na Dinamarca Imagem: 1º.nov.2022 - Tim Kildeborg Jensen / Ritzau Scanpix / AFP

Fernanda Melo Larsen

Correspondente da RFI em Copenhague

01/11/2022 06h13

Mais de 4 milhões de dinamarqueses vão às urnas nesta terça-feira (1º), para escolher o novo primeiro-ministro do país. Três candidatos são os favoritos, entre eles, a atual primeira-ministra Mette Frederiksen.

De acordo com a última pesquisa divulgada na noite desta segunda-feira (1) pelo instituto Megafon, Mette Frederiksen do partido de centro-esquerda Social-Democrata, lidera a preferência dos eleitores. O segundo colocado é Jakob Ellemann que lidera o partido de centro-direita Liberal. O terceiro colocado é o também candidato de direita Søren Pape do partido Conservador. Para conseguir formar um governo, o candidato eleito precisa ter 90 assentos no parlamento, o que pesquisas vêm mostrando que nenhum dos candidatos deve conseguir atingir.

Por isso, Mette Frederiksen afirmou durante o último debate em uma emissora de televisão dinamarquesa na noite desta segunda-feira, que, caso seja reeleita, fará um governo de cooperação com o também candidato e ex-primeiro-ministro da Dinamarca Lars Løkke, líder do partido Moderado, que deve levar 15 cadeiras no parlamento na votação de hoje, garantindo com isso a governabilidade de Mette Frederiksen.

Sacrifício de animais como prevenção

As eleições parlamentares na Dinamarca estavam previstas para acontecer em 2023. Mas por causa da queda de popularidade da primeira-ministra, que durante a pandemia determinou que fosse exterminada toda a criação de visom em cativeiro do país. A medida foi tomada para proteger a população de uma variante da Covid-19, ação considerada ilegal pelo parlamento do país escandinavo, e fez com que Mette Frederiksen recebesse a ameaça de um voto de desconfiança, sendo com isso obrigada a convocar eleições gerais.

Apesar de o voto não ser obrigatório na Dinamarca, o país tem o histórico de 80% de comparecimento dos eleitores às urnas. Nesta terça-feira (1º), além do novo primeiro-ministro também serão escolhidos os 179 membros que compõe o parlamento dinamarquês, sendo quatro desses assentos serão distribuídos igualmente entre os territórios autônomos da Groenlândia e das Ilhas Faroé.