Bombardeios russos deixam seis mortos na Ucrânia e aumentam risco de acidente nuclear em Zaporíjia
Foi a maior onda de ataques dessas últimas semanas na Ucrânia. Os bombardeios russos massivos fizeram ao menos seis mortos nesta quinta-feira (9). Os ataques, que incluem a capital Kiev, deixaram uma parte da população sem energia elétrica e sem aquecimento. Ao menos dez regiões ucranianas foram atingidas pelos bombardeios que visaram infraestruturas energéticas. Enquanto isso, a batalha pelo controle da cidade de Bakhmout continua intensa, no leste do país.
Foi a maior onda de ataques dessas últimas semanas na Ucrânia. Os bombardeios russos massivos fizeram ao menos seis mortos nesta quinta-feira (9).
Os ataques, que incluem a capital Kiev, deixaram uma parte da população sem energia elétrica e sem aquecimento.
Ao menos dez regiões ucranianas foram atingidas pelos bombardeios que visaram infraestruturas energéticas. Enquanto isso, a batalha pelo controle da cidade de Bakhmout continua intensa, no leste do país.
Em Lviv, no oeste da Ucrânia, um míssil caiu em uma área residencial e matou ao menos cinco civis.
A outra morte ocorreu em Dnipro, no centro-leste, onde várias pessoas também ficaram feridas. A cidade de Kharkiv, no leste, está sem eletricidade, água e aquecimento.
Risco de acidente nuclear
A usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa e que está ocupada pelo Exército russo, no sul da Ucrânia, foi desligada da rede elétrica após o ataque, anunciou a operadora ucraniana Energoatom.
De acordo com a empresa, 18 geradores a diesel de emergência foram ativados para garantir um fornecimento mínimo de energia à usina.
"Eles têm combustível suficiente para dez dias. A contagem regressiva começou", disse Energoatom. "Caso não seja possível renovar a alimentação externa da usina, pode ocorrer um acidente com consequências radioativas para todo o mundo", alerta o operador.
A administração de ocupação russa na usina confirmou que os geradores de emergência a diesel foram acionados, mas alegou que essa medida foi tomada devido a um "curto-circuito" em outra linha de energia, sem especificar as causas.
"Todos os sistemas de segurança funcionam normalmente", garantiu esta fonte no Telegram.
O Exército russo ocupou este enorme complexo nuclear no sul da Ucrânia em 4 de março de 2022, nove dias após o início da invasão.
A usina, que anteriormente produzia 20% da eletricidade da Ucrânia, continuou operando nos primeiros meses da guerra, apesar dos períodos de bombardeio, antes de ser fechada em setembro.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou "táticas miseráveis" por parte de Moscou. As defesas aéreas ucranianas derrubaram 34 dos 81 mísseis lançados por Moscou, acrescentou o presidente.
A Rússia tem bombardeado regularmente as principais instalações de energia da Ucrânia desde outubro, com o uso de mísseis e drones, para mergulhar milhões de pessoas na escuridão e no frio.
A disputa por Bakhmout
Esses novos ataques em grande escala acontecem um dia após o anúncio do chefe da organização paramilitar russa Wagner, Evgeny Prigojine, da conquista da parte oriental de Bakhmout.
A pequena cidade no leste da Ucrânia está no centro dos combates há meses, apesar de ter um valor estratégico contestado.
Nesta quinta-feira, Prigojine afirmou que seus combatentes haviam tomado o pequeno vilarejo de Doubovo-Vassilivka, ao norte de Bakhmout.
A cidade pode cair "nos próximos dias", alertou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, acrescentando, no entanto, que "isso não reflete necessariamente qualquer ponto de virada na guerra".
(Com informações da AFP)
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