Buscas pelas caixas-pretas de avião da Air France fracassam
Do UOL Notícias*
Atualizada às 18h15
As buscas pelas caixas-pretas do Airbus A330 da Air France -- que em junho de 2009 caiu no Atlântico com 228 pessoas a bordo -- em uma nova região foram concluídas e não tiveram sucesso, anunciou nesta quarta-feira (12) em Paris a BEA (Birô de Investigações e Análises), órgão francês encarregado das buscas.
Airbus A330-200 saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris
"Depois de ter efetuado uma cobertura ótima no conjunto da região, a BEA decidiu retomar as buscas em uma região localizada a noroeste da última posição conhecida", informou a BEA ao explicar que a busca não teve êxito até agora.
O navio norueguês "Seabed Worker" prevê dirigir-se para essa área durante a noite. Ali foi inicialmente efetuada a tarefa de busca das caixas-pretas da aeronave que em 1 de junho de 2009 caiu no Atlântico quando voava entre Rio de Janeiro e Paris.
A BEA informou que "a exploração da nova região de buscas depois das tarefas da Marinha Nacional (francesa)" tinha continuado a "um ritmo que precisou ser reduzido devido a problemas técnicos".
A Air France e a Airbus decidiram contribuir com 1,5 milhão de euros cada uma para financiar a continuação da terceira fase de buscas.
Na quinta-feira, o ministério da Defesa francês anunciou que as caixas-pretas do Airbur A330 da Air France tinham sido localizadas em uma região nova do "tamanho de Paris, onde relevo submarino assemelha-se à Cordilheira dos Andes", a uma profundidade de 3.600 metros.
A BEA tinha antecipado que nesta quarta-feira faria um balanço sobre os resultados e se estes fossem infrutíferos, "estenderia um pouco o perímetro das buscas".
Em 1º de junho do ano passado, o avião partiu do Rio de Janeiro com destino a Paris e caiu no Oceano Atlântico próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha por razões ainda desconhecidas, causando a morte dos 216 passageiros e dos 12 tripulantes.
Após quase um ano de busca e duras críticas dos familiares das vítimas, a investigação - fechada e reaberta diversas vezes - ainda não conseguiu localizar as caixas-pretas do avião, essenciais para determinar as causas do acidente.
Até o momento, o BEA recomendou apenas mudar os "critérios de certidão" dos sensores que medem a velocidade de voo, denominadas Pitot e fabricadas pela empresa francesa Thales, mas não as apontou como causas diretas do acidente.
* Com agências internacionais
Tradutor: Em São Paulo