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'Nova era gospel usa artimanhas da música pop para chegar ao topo' | Podcast UOL Prime #17

Do UOL, em São Paulo

09/05/2024 04h01

O podcast UOL Prime, apresentado por José Roberto de Toledo, traz nesta quinta-feira (9) bastidores da reportagem do jornalista Rodrigo Ortega sobre a chegada do gospel ao topo das paradas no Brasil.

Você pode ouvir acima a íntegra do episódio, baseado na reportagem "Como o gospel dominou a música pop", publicada no UOL Prime -- seção com notícias exclusivas e o melhor do jornalismo do UOL.

A reportagem mostrou a ascensão do gênero na voz de cantoras da Geração Z (ou "Z-sus") e estrelas laicas como Ludmilla, Ana Castela e Joelma.

Artistas e empresários explicam a nova era do louvor pop, conectado e poderoso como nunca.

"Eu queria colocar no papel essa impressão de que é cada vez mais fácil ouvir música gospel fora da igreja", diz o jornalista.

A reportagem começou com um levantamento das paradas de streaming no Brasil. Em pleno mês do Carnaval, um gospel chegou ao 1º lugar do YouTube Brasil. "Eu Sou teu Pai", de Valesca Mayssa, superou Ivete Sangalo.

Valesca Mayssa, paulista de 23 anos, é uma das estrelas da geração que incorpora "as artimanhas da música pop para levar o som Cristão ao topo das paradas e dos algoritmos", explica Rodrigo Ortega.

O repórter descreveu sua visita à produtora Todah, uma "fábrica de gospel" com produção frenética em São Paulo. "Funciona de uma forma semelhante às empresas mais bem-sucedidas no sertanejo ou no funk."

Os hits são impulsionados por uma estratégia que já rendeu 6,3 bilhões de plays no YouTube. "Eles têm um sistema de canais que criam links entre si e se autoalimentam", conta Ortega.

O jornalista também fala sobre a parceria entre o agro e o gospel -- uma "união abençoada", como define Toledo.

A produtora AgroPlay, responsável pelo sucesso da sertaneja Ana Castela, criou um braço gospel chamado AgroPraise -- "louvor agro", em português.

"Eles acham que existe um espaço pro gospel entrar nas festas de interior do Brasil, não só nas festas de rodeio", fala Ortega.

As prefeituras já pagam cachês próximos de R$ 200 mil a estrelas cristãs. "É interessante eleitoralmente para o prefeito ter um artista gospel ali na festa dele."

O podcast também apresenta a frase que melhor define essa nova era do gospel. "Eu acredito que Deus deu um sopro no meu algoritmo", diz, Kailane Frauches, 20 anos, de Xerém (RJ).

Ela começou fazendo covers de música gospel em vídeos caseiros no Instagram, feitos com ajuda da mãe, que trabalhava como doméstica.

"A história dela não é diferente de estrelas do universo secular, como Anitta ou Ludmilla, que saíram do subúrbio do Rio e conseguiram emplacar com base no carisma", descreve o jornalista.

O episódio mostra como a música cristã se expandiu em subgêneros como o trap gospel. Os MCs do estilo embalam vídeos no TikTok, misturados a trilhas de funk e sertanejo.

"Os fãs são pessoas muito jovens que aceitam o gospel como mais uma vertente da música pop", explica o repórter.

O podcast UOL Prime é publicado às quintas-feiras no YouTube do UOL Prime, Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music, Deezer e em todas as plataformas de podcast.