Para 76%, discussões políticas não vão azedar a ceia de Natal neste ano
O ambiente de ultrapolarização política vem azedando a maionese da ceia de Natal desde 2014 e, principalmente, após a eleição de Bolsonaro em 2018. A uva passa, mas o ressentimento familiar, não.
Neste ano, que começou de fato após a tentativa de golpe de 8 de janeiro, pesquisa Genial/Quaest recém-saída do forno aponta que 76% dos brasileiros não temem que discussões políticas atrapalhem a ceia enquanto 21% dizem que sim, que têm medo de que a farofa vá voar, e 3% não sabem ou não responderam.
No total, 10% avaliam que diferenças políticas foram importantes para decidirem não se reunir com familiares nas festas. E 9% apontam que há alguém da família que não vai ao Natal por questões políticas.
O medo é maior entre os jovens de que a noite do dia 24 termine em barraco: 23% daqueles entre 16 e 34 anos temem brigas, 20% dos que têm entre 35 e 59 e 18% entre os mais velhos. O que pode indicar uma faixa etária que se vê como possível alvo do bafafá e outra que não vê problema porque dá início a ele.
"É curioso constatar a capacidade que a politica ganhou de influenciar nossas vidas. O que era pra ser apenas um encontro familiar, virou um evento dinamite, que pode explodir a qualquer momento", afirmou à coluna Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Polarização econômica do rega-bofe
Para 25%, a ceia será mais farta este ano, 36% apontam que deve igual à do ano passado e 35% dizem que ela será pior. Aqui a polarização também faz a diferença: 39% dos petistas dizem que ela será melhor, frente a apenas 10% de bolsonaristas que afirmam o mesmo.
Além disso, 22% apontam que vão comprar mais presentes de no Natal de 2022, 27% dizem que vão adquirir a mesma quantidade e 48% que as compras serão menores. No total, 67% dos bolsonaristas dizem que vão comprar menos, enquanto 33% dos que votaram em Lula afirmam que vão comprar mais.