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Prefeitura de Belo Horizonte inicia demolição de prédio interditado

Alex Rodrigues

Da Agência Brasil, em Brasília

13/01/2012 13h51

A Prefeitura de Belo Horizonte (MG) iniciou esta manhã (13) a demolição do edifício Art de Vivre, um dos três prédios do bairro de Buritis, na região oeste da capital mineira, que estavam interditados desde outubro de 2011 devido ao risco de desmoronamento – um desses, o edifício Vale dos Buritis, ruiu na última terça-feira (10), sem fazer vítimas.

A prefeitura informou ter decidido demolir o prédio para pôr fim aos riscos e transtornos que a ameaça de desmoronamento estavam causando aos moradores da rua Laura Soares Carneiro e à vizinhança. E também para cumprir uma decisão judicial.

Na última quarta-feira (11), o juiz da 4ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal, Renato Luís Dresch, determinou que a construtora Podium Engenharia colocasse o prédio abaixo devido “à situação ser de risco real de desabamento". Para Dresch, se o edifício não fosse demolido "imediatamente", os danos poderiam vir a ser ainda maiores. O juiz deu um prazo de dez dias para que a construtora demolisse o imóvel, sob pena de receber multas diárias de R$ 20 mil.

Segundo o procurador-geral do município, Marco Antônio Rezende, como a Justiça não conseguiu notificar a empresa, a prefeitura decidiu assumir a execução do serviço, para o qual a Secretaria de Obras contratou, a preço de mercado e em caráter emergencial, uma empresa privada especializada. O valor do contrato ainda não foi divulgado, mas, segundo a assessoria da prefeitura, deve ser publicado na edição de amanhã (14) do Diário Oficial do município.

O procurador municipal garante que a prefeitura vai cobrar, na Justiça, que a Podium Engenharia reembolse todos os gastos. “Todas as despesas decorrentes da demolição serão cobradas da construtora, que evitou assumir sua responsabilidade. Já a acionamos judicialmente na semana passada e vamos cobrar esta e outras despesas”, garantiu o procurador municipal à Agência Brasil.

A reportagem tentou localizar os representantes da construtora, mas ninguém atendeu aos telefonemas.