Suspeito de assassinato em república no Rio recusa-se a prestar depoimento, diz polícia

O suspeito do assassinato do estudante José Leandro Pinheiro, 22 anos, o colega de quarto Bruno Eusébio dos Santos, 26, permaneceu em silêncio nesta sexta-feira (25), recusando-se a prestar depoimento. Ele está detido na Divisão de Homicídios da Polícia Civil, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Bruno foi preso sob suspeita de homicídio qualificado. Os policiais tentam, por meio de psicólogos, fazer com que o suspeito fale, mas as tentativas até agora fracassaram. Pela manhã, os parentes de Bruno chegaram à delegacia, mas não falaram com os jornalistas. 

Segundo o delegado titular da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, o suspeito está em um “quadro de distanciamento social”. “Ele assinou o registro da ocorrência e não falou mais nada”, contou.

Parentes do jovem morto chegaram no final da manhã de hoje ao IML (Instituto Médico Legal) para o reconhecimento do corpo. Nestor Pinheiro, pai do jovem, e uma tia, Alessandra Pinheiro, vieram de Deputado Irapuan Pinheiro, município no interior do Ceará. Eles são acompanhados por um representante do Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), onde Bruno e José Leandro estudavam.

Hipóteses

Segundo o delegado, o trabalho da perícia aponta que José Leandro foi atacado por Bruno enquanto dormia ou falava ao celular. O aparelho telefônico foi encontrado na cama ao lado da vítima. Segundo o trabalho da perícia, o jovem foi morto com uma pedrada e uma sequência de duas facadas no coração e mais duas no estômago.

A polícia vai tentar rastrear as últimas ligações de José Leandro e descobrir se ele tentou pedir socorro antes de ser morto. A faca e a pedra usadas no crime foram encontradas pela polícia no interior da casa, e o trabalho da perícia confirma também que há sangue do suspeito em ambas as peças do crime.

O crime aconteceu em uma república no bairro do Horto, região do Jardim Botânico. O corpo de José Leandro foi encontrada na manhã da quinta-feira (25).

As testemunhas ouvidas em depoimento contam que os dois jovens foram dormir por volta de 1h da madrugada.  Ao chegarem ao local, os policiais militares encontraram Bruno desacordado e a faca usada no assassinato em cima de um armário.