Topo

Após 24 horas de rebelião, polícia retoma negociações com presos em Contagem (MG)

Rebelião de detentos da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG) - João Miranda/O Tempo/Futura Press
Rebelião de detentos da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG) Imagem: João Miranda/O Tempo/Futura Press

Do UOL, em São Paulo*

22/02/2013 09h40Atualizada em 22/02/2013 10h37

A PM (Polícia Militar) de Minas Gerais retomou às 9h desta sexta-feira (22) as negociações com os presos que estão amotinados desde às 9h dessa quinta-feira no pavilhão 1 da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).

Uma nova rodada de tentativas de acordo deve ser retomada. A informação foi confirmada pelo comandante de policiamento especializado da PM Antônio Carvalho Pereira.

Nessa penitenciária, estão o goleiro Bruno e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, réus no processo sobre o sumiço de Eliza Samudio, ex-amante do jogador. No entanto, eles estão confinados em pavilhões distintos do local foco da rebelião.
 
Desde o início da tarde de ontem, um oficial do Grupo de Ações Táticas Especiais da PM, com o auxílio de um promotor público, negocia a rendição. Duas pessoas continuam reféns, uma professora e um agente penitenciário. Eles foram rendidos dentro de uma sala de aula que existe dentro do pavilhão. Mais cedo, a mulher chegou a passar mal, mas foi medicada.
 

Ainda de acordo com o comandante da PM, a polícia fez contato com os reféns, na noite dessa quinta, e confirmou que ambos passam bem. Os rebelados garantiram aos policiais que a integridade física deles será mantida.

Fornecimento de água e comida é retomado

Em contrapartida, a polícia confirmou que retomou o fornecimento de água e comida para os amotinados. Os detentos chegaram a ficar sem o almoço e o lanche da tarde. A energia elétrica do pavilhão 1, no entanto, está cortada.

Aproximadamente 90 presos iniciaram uma rebelião na manhã de quinta na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, localizada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Os detentos estariam insatisfeitos com uma suposta proibição da entrada de grávidas no local para visitarem parentes presos. Além disso, os presos reclamam da atuação da direção da penitenciária e querem ainda a revisão de penas de alguns presidiários.

Oficialmente, a secretaria disse que está ainda apurando a motivação para a rebelião. A penitenciária tem capacidade para abrigar 1.664 presos e, atualmente, tem 1.970 detentos.

Ataque a ônibus não tem relação com motim, diz PM

Ontem foi informado que um ônibus incendiado na noite desta quinta-feira (21), no anel rodoviário da cidade de Contagem, na altura do bairro Califórnia, poderia ter relação com a rebelião em curso na Penitenciária Nelson Hungria.

A informação foi dada pelo comandante Antônio Carvalho Pereira. Nesta sexta, porém, ele descartou que houvesse alguma relação.

*Colaborou Rayder Bragon