O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) expediu alerta máximo para o risco de transbordamento do rio Quitandinha, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, durante as fortes chuvas que voltaram a atingir a cidade na tarde desta sexta-feira (22). Algumas casas às margens do rio já foram inundadas, segundo a Defesa Civil do Rio de Janeiro.

O bairro de Quitandinha é a localidade da cidade onde houve mais vítimas fatais em decorrência das chuvas que atingiram Petrópolis na madrugada de domingo para segunda-feira. Segundo o governo, os trabalhos de buscas prosseguem no bairro. O número de vítimas das chuvas chegou a 33 nesta sexta, segundo a Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo a Defesa Civil de Petrópolis, todas as sirenes de alerta para deslizamentos da cidade foram acionadas. Os moradores de áreas de risco foram orientados a deixar suas casas. Dados da estação meteorológica do Inea mostram que já choveu 203 mm na última hora. O acumulado sobre o rio Quitandinha chegou a 90mm.

O Cestad (Centro Estadual de Administração de Desastres) permanece monitorando as condições do tempo e possíveis registros de problemas nas cidades atingidas pelas chuvas.

O Ministério Público do Rio pediu à Justiça na quinta-feira (21) a realização de obras para evitar o transbordamento dos rios Quitandinha e Piabanha, em Petrópolis (RJ). Uma ação civil pública foi ajuizada requerendo que a Prefeitura de Petrópolis, o Estado do Rio e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) realizem as obras.

Na ação, a Promotoria pede que seja elaborado, em um prazo de 30 dias, um projeto de engenharia e a recomposição da mata ciliar do Quitandinha e do Piabanha. O prazo para a execução dessas obras é de 180 dias.

 

Mais chuvas

Segundo os meteorologistas da Somar, a chuva forte deve continuar ao longo desta sexta-feira em toda a serra fluminense. A chuva é constante e, por cair num terreno onde o solo já está encharcado, o risco para novos deslizamentos de terra e alagamentos é grande.

No fim de semana, a previsão é de chuva contínua e até com altos volumes acumulados na serra, por isso o alerta para que as pessoas deixem as áreas de risco está mantido.