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Dívida do governo deixa no chão há quase três meses único helicóptero do RN para resgate e policiamento

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

14/11/2013 17h30

O único helicóptero que atua no policiamento e salvamentos no Rio Grande do Norte está parado há quase três meses por conta da dívida do governo do Estado com a empresa responsável pela da aeronave.

O governo do Rio Grande Norte enfrenta uma série de problemas acarretados pela queda da arrecadação fiscal, como protesto de servidores, corte de repasses aos poderes e atraso no pagamento de salários.

A aeronave que está parada atende às polícias Civil e Militar e ao serviço de salvamento aéreo. O helicóptero está em Fortaleza, para onde viajou para instalação, com vistas à Copa do Mundo, de um imageador aéreo –equipamento que vai passar imagens do helicóptero para o Centro de Comando de Segurança.

Porém, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), ao chegar à capital cearense, foi diagnosticada a necessidade de uma nova manutenção na aeronave, que só será feita pela empresa após a quitação do débito de R$ 260 mil, referente a duas outras manutenções realizadas, mas não pagas.

Sem operações

O comandante do Ciopaer (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas), tenente-coronel Edwin Brito, disse ao UOL que as duas manutenções que não foram pagas foram feitas em abril e junho. “Essa nova manutenção não é por conta de alguma problema, é algo de rotina”, disse.

Segundo Brito, como é a única aeronave do Ciopaer, todos os serviços estão paralisados. “Fazer falta, faz, mas fazer o quê? Essa aeronave serve para atendimento de ocorrências, em locais de mata, para policiamento preventivo, salvamento aquático, por exemplo”, disse.

O tenente-coronel disse que a expectativa é que o helicóptero volte a voar na primeira quinzena de dezembro.

A Sesed informou que o pagamento deve ser feito pela Secretaria de Planejamento, que está tentando levantar a verba do valor devido e quitação da manutenção atual --essa última estimada em cerca de R$ 130 mil. O valor, porém, pode variar para mais ou para menos, a depender da necessidade de instalação de peças.

Ainda segundo a secretaria, o helicóptero não passou pela instalação da imageador, que foi reprogramado para os próximos dias. O motivo do adiamento não seria por conta da dívida, mas sim, por problemas da chegada do imageador, que é um produto importado e será doado pelo governo federal.